INFLUÊNCIA DA DIETA EM CRIANÇAS COM ESPECTRO DO AUTISMO: uma revisão

  • Autor
  • ANNA MAYHARA GOMES FERRO
  • Co-autores
  • MARIELLENA DE ANDRADE CARDOSO FRAGOSO
  • Resumo
  • O autismo, também conhecido como Transtorno do Espectro Autista (TEA), é caracterizado como uma desordem no desenvolvimento psicomotor que interfere tanto no relacionamento interpessoal quanto no comportamento do indivíduo, alterando assim a capacidade de comunicação. Crianças com esse transtorno preferem se isolar num mundo imaginário, apresentando incapacidade oral e gestual. Para aquelas que desenvolvem a comunicação, a linguagem é ineficiente apresentando alterações de timbres e vozes estranhas. Este trabalho trata-se de uma revisão bibliográfica e tem como objetivo auxiliar na diminuição do aparecimento ou agravamento dos sintomas que podem estar ligados a ingesta alimentar de pacientes com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). O trabalho será pautado na análise de estudos sobre o autismo e nas diferentes possibilidades de tratamentos. Este estudo foi desenvolvido mediante a busca eletrônica de artigos indexados em bases de dados (PubMed, SciELO e Google Acadêmico), a partir de palavras-chave (autismo, dieta e glúten) relacionadas a alimentação e as respectivas intolerâncias de pacientes portadores do Transtorno do Espectro do Autismo. O conceito do TEA gira em torno de uma gama de distúrbios no desenvolvimento mental, no qual os eixos centrais abrangem três grandes áreas: complicações na interação social, dificuldades de comunicação verbal e não verbal e padrões restritos e repetitivos de comportamento. Após análise de vários estudos e revisões sobre a epidemiologia do autismo, constatou-se que a prevalência do TEA vem aumentando, passando de patologia rara (4 a 13/10.000) para muito freqüente (70 a 100/10.000). Considerando amostras clínicas e epidemiológicas é importante relatar a incidência do espectro em indivíduos do sexo masculino, com proporções variantes de 3 a 4 meninos para 1 menina. Estudos indicam que indivíduos acometidos pelo TEA apresentam diversas funções cognitivas relacionadas à memória, comportamento e linguagem, o que acarreta em uma série de alterações em suas habilidades, levando a problemas de comunicação e dificuldades severas de engajamento em interações sociais. De acordo com alguns autores, quando as modificações ligadas ao autismo se instalam antes dos 36 meses de idade, diversas vezes o diagnóstico está sendo realizado de forma tardia. Nesse sentido outros pesquisadores afirmam que os sintomas do autismo se tornam perceptíveis em torno dos 18 meses de idade, tendo como características: falta de interesse para brincadeiras, recusar atenção, cuidado e falha na interação com outras pessoas, além das alterações cognitivas diagnosticáveis nessa idade. Os trabalhos analisados foram consultados no período de AGOSTO de 2016 a JANEIRO de 2017. Recomenda-se a elaboração de estratégias alimentares adequadas aos diferentes quadros clínicos; acompanhamento multiprofissional; e a inclusão dos portadores do TEA no ambiente social e escolar com objetivo de promover melhor integração a estes. Vale ressaltar ainda a extrema importância da realização de mais estudos na área da nutrição, em especial na elaboração de planos dietéticos, que possam esclarecer se tanto a inclusão de ômega-3 e suplementos vitamicos/minerais quanto a exclusão total ou parcial do glúten e da caseína, são efetivas e eficientes ao tratamento.

  • Palavras-chave
  • Autismo, dieta, glúten
  • Área Temática
  • Nutrição Clinica
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  • Saúde coletiva
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  • Temas transversais:Os trabalhos inscritos nesta área são todos aqueles que não se encaixam no perfil das demais áreas temáticas, mas que tenham provocado a reflexão/discussão acerca da temática geral do congresso.

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Fabio Bruno Neves

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