A desnutrição presente na infância é uma patologia de origem multicausal cuja raízes se encontram na pobreza. Esta carência promove inúmeras alterações fisiológicas com intensão de adaptar o organismo à insuficiência de nutrientes além de afetar a saúde e diminuir a atividade física e intelectual. Atualmente a transição nutricional é algo recorrente no Brasil, uma vez que o índice de desnutrição infantil vem reduzindo constantemente, sendo substituído pelo quadro de sobrepeso e obesidade através da alimentação baseada no alto consumo de industrializados. Diante do que foi relatado o presente estudo teve como objetivo avaliar a frequência do consumo de alimentos industrializados por crianças durante o tratamento contra desnutrição. Trata-se de estudo transversal de natureza quantitativa, realizado no instituto da primeira infância localizado em Fortaleza-Ce. A população analisada foi composta por 50 crianças entre 2 a 6 anos de idade e com auxílio de um questionário frequência alimentar. Após a análise dos resultados observou-se um elevado consumo na frequência diária e durante 3 a 4 vezes por semana, destacando-se o biscoito sem recheio (40,47%) e (38,10%) respectivamente. Já nas frequências subsequentes foi visto que o consumo de ultraprocessados tiveram um percentual considerável, ressaltando os biscoitos com recheio, refrigerante e salgadinhos de pacote. Sabendo que as crianças estudadas estavam em um quadro de vulnerabilidade por conta da desnutrição o resultado obtido é preocupante uma vez que o ganho de peso advindo de uma má alimentação pode desencadear carências nutricionais que venham a prejudicar o crescimento e desenvolvimento cognitivo da criança ou ocasionar em uma transição nutricional correlacionadas a outras patologias.
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Fabio Bruno Neves
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