PREVALÊNCIA DE RISCO NUTRICIONAL EM CRIANÇAS HOSPITALIZADAS E SUA ASSOCIAÇÃO COM O ÍNDICE DE MASSA CORPORAL AJUSTADO PARA A IDADE

  • Autor
  • Beatriz Rodrigues Chaves Lima
  • Co-autores
  • Maria Laura Rodrigues de Moura Ferraz , Maria Gabriella Moura de Albuquerque , Keila Fernandes Dourado , Maria Izabel Siqueira de Andrade
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: A desnutrição é um estado no qual uma deficiência ou desequilíbrio de energia, proteínas e/ou outros nutrientes provoca efeitos adversos significativos na composição corporal e tecidual e nos desfechos clínicos e funcionais. Em crianças hospitalizadas, é considerada um fator de risco para prognósticos desfavoráveis, tempo de internação prolongado, atraso de recuperação e maiores custos relacionados aos cuidados em saúde. Nesse contexto, a utilização de triagens nutricionais validadas para o público pediátrico, como a  STRONGkids, destaca-se como um processo de identificação precoce das características que se sabe estarem associadas a problemas dietéticos ou nutricionais. OBJETIVO: Identificar a prevalência de risco nutricional em crianças hospitalizadas e verificar sua associação com o índice de massa corporal ajustado para a idade (IMC/I). METODOLOGIA: Estudo transversal realizado com amostra representativa de crianças internadas em um hospital público de Recife-PE no período de Março a Agosto de 2018. A pesquisa foi previamente aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Pernambuco, sob número CAAE: 82589817.6.0000.5208. Foram incluídos pacientes pediátricos, de ambos os sexos, com faixa etária entre 1 mês de vida e 10 anos de idade, cujos pais ou responsáveis concordaram com a participação na pesquisa, mediante a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. A ferramenta de triagem STRONGkids foi utilizada para identificação do risco nutricional, sendo o paciente classificado conforme suas pontuações em risco baixo, se pontuação igual a zero, risco médio, se pontuação entre 1 e 3, e risco elevado, se pontuação entre 4 e 5 (HULST, 2010). O IMC foi obtido através de fórmula pré-estabelecida e todas as crianças avaliadas foram classificadas de acordo com a curva de IMC/I (OMS, 2007). As análises estatísticas foram realizadas no programa SPSS versão 13.0 para Windows, sendo consideradas associações estatisticamente significantes aquelas com p<0,05. RESULTADOS: A amostra foi composta por 266 crianças, sendo 40,2% do sexo feminino (n=107) e 59,8% do sexo masculino (n=159), apresentando idade mediana de 2,1 anos (Intervalo Interquartílico=0,4-5,4). A triagem nutricional identificou 61,3% (n=163) de pacientes com baixo risco, seguido por 38,7% (n=103) de crianças com risco médio/elevado. Os resultados demonstraram 70,3% (n=187) de indivíduos eutróficos, segundo o IMC/I, sendo ainda observado um percentual de 25,2% (n=67) de crianças com excesso de peso e 4,5% (n=12) foram diagnosticados com desnutrição. Houve associação estatisticamente significante da triagem STRONGkids com o IMC/I, onde as crianças identificadas com baixo risco pela triagem também foram aquelas eutróficas ou com excesso de peso pelo IMC/I (p=0,026). CONCLUSÃO: O presente estudo identificou uma prevalência importante de crianças com baixo risco nutricional, segundo a STRONGkids, sendo evidenciada significância estatística da triagem com o IMC/I, achado que reflete uma  associação entre os métodos. Estudos que avaliem a relação/concordância da triagem com outros parâmetros antropométricos objetivos são necessários para auxiliar na identificação de métodos práticos para identificação precoce de desvios nutricionais em crianças hospitalizadas.

  • Palavras-chave
  • Triagem, Estado Nutricional, Pediatria
  • Área Temática
  • Nutrição Clinica
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