ANÁLISE DA SELETIVIDADE ALIMENTAR E COMPORTAMENTO ALIMENTAR DE CRIANÇAS COM TEA NO MUNICÍPIO DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO-PE

  • Autor
  • Mirelly Cunha da Silva
  • Co-autores
  • Iris Maria Conceição Silva , Maria Heloisa Moura de Oliveira , Camilla Peixoto Santos Rodrigues , Michelle Figueiredo Carvalho
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é marcado por algumas perturbações de comportamento ligadas a problemas no desenvolvimento neurológico; a seletividade é uma característica das crianças portadoras de TEA, tal seletividade caracterizada por uma dieta com baixa variedade de alimentos e que tem sido associada ao consumo inadequado de frutas e verduras, alimentos ricos em proteína e pobres em fibra. Além de apresentarem alguma manifestação quanto ao comportamento alimentar, como um comportamento repetitivo e o interesse restritivo que podem ter papel importante na seletividade dietética.
    MATERIAIS E MÉTODOS: Foram selecionadas 15 (quinze) crianças portadoras de TEA que são acompanhadas pelo Núcleo de Assistência Multidisciplinar ao Neurodesenvolvimento Infantil – NAMNI, localizado no Hospital e Maternidade APAMI, no município de Vitória de Santo Antão - PE. Onde foi feita uma coleta de dados através do Questionário de Frequência Alimentar para crianças de 6 a 10 anos e da Escala de Avaliação de Alimentação Pediátrica Comportamental; e como complemento, foi realizada uma revisão literária em artigos científicos nas bases de dados SciELO e Pubmed.
    RESULTADOS: Com base no Questionário de Frequência Alimentar (QFA), foi visto que mais da metade das crianças não consumiu Doces, Salgadinho e Guloseimas, e aproximadamente 20% faz o seu consumo semanal. Em relação as frutas, foi observado que cerca de 37% não consumiu tais produtos nos últimos 6 meses e apenas 10% faz seu consumo diário. E na categoria das verduras, por volta de 65% não consumiu nos últimos 6 meses, e 10% consume ao menos uma vez por dia. Em relação à Escala de Avaliação de Alimentação Pediátrica Comportamental, foi analisado que mais da metade das crianças levanta durante a refeição, faz birra, demora a comer por falar muito, prefere beber do que comer, e tentar negociar o que vai comer. 
    DISCUSSÃO: Foi observado um baixo consumo de verduras e como consequência disso, um deficiência de micronutrientes, os mais comuns no TEA são das vitaminas B1, B3, B5, B6, B9, B12, A e os minerais cálcio (Ca), zinco (Zn), selênio (Se) e magnésio (Mg) (OLIVEIRA, 2012). O consumo de doces, salgadinhos e guloseimas não foi considerado excessivo, contudo, por tratar-se de uma dieta exclusa de alguns nutrientes, pode levar comprometimento da saúde dos portadores de TEA. Também foi visto que o momento da refeição é marcado por choro, agitação e agressividade, causando um estresse para as famílias e pode resultar em uma dieta nutricionalmente inadequada, resultando em déficit de crescimento, anemia e o diagnóstico de desnutrição.
    CONCLUSÃO: O autismo, exige um tratamento específico e multidisciplinar, portanto, o profissional nutricionista pode e deve estar incluso nesse processo, visando melhoras de sinais e sintomas, através da modulação na dietoterapia atual dos pacientes.
  • Palavras-chave
  • Seletividade alimentar, Comportamento Alimentar, TEA, autismo, crianças
  • Área Temática
  • Nutrição Clinica
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  • Temas transversais:Os trabalhos inscritos nesta área são todos aqueles que não se encaixam no perfil das demais áreas temáticas, mas que tenham provocado a reflexão/discussão acerca da temática geral do congresso.

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Fabio Bruno Neves

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