CONSUMO DE ALIMENTOS RICOS EM FERRO EM CRIANÇAS BRASILEIRAS ACOMPANHADAS PELO E-SUS ATENÇÃO BÁSICA E SISTEMA DE VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ANO DE 2016 A 2017 NO BRASIL

  • Autor
  • Jonathan Thallys Lopes Pereira
  • Co-autores
  • Amanda Domingos da Silva , Maria Suzane da Silva Barbosa , Danielle Cássia de Oliveira
  • Resumo
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    Introdução: O ferro é o componente de uma série de proteínas, incluindo a hemoglobina, que possui como função o transporte de oxigênio para o corpo. A sua deficiência causa anemia que de acordo com a Organização Mundial de Saúde pode ser definida no qual o quantitativo de hemoglobina está com valores abaixo do normal. Estima-se que 47,4 % das crianças menores de 05 anos tenham anemia no mundo. Suas implicações negativas podem trazer prejuízos graves ao desenvolvimento cognitivo, motor e desempenho escolar da criança. Isso se configura um problema de saúde pública mundial, pois, é um dos fatores que mais contribuem para uma carga global de doenças, especialmente em lactentes e pré-escolares. O e-SUS Atenção Básica (e-SUS AB) é uma estratégia do Departamento de Atenção Básica para reestruturar as informações da Atenção Básica em nível nacional, facilitando este acompanhamento em saúde da população. Objetivo: Caracterizar o estado consumo de alimentos ricos em ferro em crianças brasileiras acompanhadas pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) no ano de 2016 e 2017 no Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal/descritivo cuja amostra foi constituída de crianças cadastradas no SISVAN, com 6 a 23 meses, de ambos os sexos, residente no Brasil. Os dados foram coletados na plataforma SISVAN WEB referentes aos anos de 2016 a 2017. Houve caracterização quanto à raça, sexo e região. Resultados: Foi identificado um total de 270.179 de crianças cadastradas no SISVAN, destes apenas 35.760 (13,2%) realizava o consumo de alimentos ricos em ferro. Em relação ao sexo, ignorados 162.460 (60,1%), masculino 53.936 (20%) e feminino 53.783 (19,9%), ainda sobre o sexo dos que realizavam o consumo, ignorados 20.909 (58,5%), masculino 7.486 (20,9%) e feminino 7.365 (20,6%). A raça de maior prevalência foi a parda 13.119 (36,7%), seguida pela branca 12.940 (36,2%), amarela 3.773 (10,5%). A macrorregião que prevaleceu com maior índice de consumo de alimentos ricos em ferro foi a Centro-Oeste 2.302 (15,4%), Nordeste 6.436 (14,4%) e a Sudeste 22.817 (13,3%). Conclusão: Diante dos resultados apresentados, nota-se o baixo consumo alimentar de alimentos ricos em ferro. A deficiência desse micronutriente pode trazer inúmeras e graves consequências para a saúde das crianças, como modificações comportamentais, atraso no desenvolvimento psicomotor e cognitivo. Portanto, nesse contexto, existe uma necessidade de criação de novas políticas públicas e fortalecimento das existentes, no sentido de redução do problema nessa população. Além disso, destaca-se a importância do acompanhamento nutricional das crianças de 6 a 23 meses, pois é nesse período que ocorre um crescimento acelerado e um maior consumo de ferro.

     

  • Palavras-chave
  • Alimentação Infantil, Criança, Anemia Ferropriva.
  • Área Temática
  • Nutrição Clinica
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