A ENFERMAGEM E O DESAFIO COM O PACIENTE IDOSO PORTADOR DE MIOPATIA INFLAMATÓRIA – REVISÃO DE LITERATURA

• Autor
• Ewellyn Natália Assunção Ferreira
• Co-autores
• Alessandra Cristina Costa Alves , Carla Sena Cunha , Dandara de Fátima Ribeiro Bendelaque , Ivone de Melo Sousa , Kewinny Beltrão Tavares , Marcielle Ferreira da Cunha Lopes , Roseli Reis da Silva , Abigail das Mercês do Vale Batista (orientador)
• Resumo

• Introdução: O Brasil atravessa atualmente um processo de rápido envelhecimento da população. Segundo o IBGE, a população idosa brasileira é composta por 29.374 milhões de pessoas, totalizando 14,3% da população total do país. Estima-se que esse contingente triplique até 2050. O perfil de morbimortalidade dos idosos, no entanto, apresenta algumas especificidades, dentre as quais ressaltamos a maior prevalência das doenças autoimunes (1). A miopatia in?amatória é um grupo heterogêneo de doenças sistêmicas autoimune que acometem o tecido muscular esquelético. Dentre as miopatias inflamatórias idiopáticas, a polimiosite (PM) é considerada a que têm emergido como a miopatia mais comum em pacientes com idade acima de 50 anos (2). A polimiosite é caracterizada pela destruição das fibras musculares através de um infiltrado inflamatório nos músculos, associado a amiotrofias, relacionado com o déficit motor frequentemente nas musculaturas da cintura escapular e nas porções proximais dos membros manifesta-se clinicamente por fraqueza muscular bilateral e simétrica. Além da fraqueza muscular que é o seu sintoma principal, acomete músculos da cintura escapular e pélvica, progredindo para a musculatura proximal dos membros. Disfagia, distúrbios cardíacos, febre, perda de peso acometimento respiratório, vasculite e calcificações subcutâneas (calcinoses), são manifestações extramusculares possíveis (3). A incidência anual em idosos de PM é estimada em menos de 10 casos por milhão de indivíduos. Objetivo: Descrever segundo a literatura os principais cuidados de enfermagem ao paciente idoso com miopatia inflamatória, com enfoque na Polimiosite (PM). Métodos: O presente estudo foi realizado através de Revisão de Literatura, de caráter descritivo com abordagem qualitativa, pesquisando artigos científicos que abordassem a temática em questão nas bases de dados SCIELO, LILACS e MEDLINE. Como critério de inclusão utilizou-se artigos que descrevam sobre a Miopatias Inflamatória com enfoque na Polimiosite, tendo em vista as incapacidades funcionais e o cuidado de enfermagem pode tornar-se rede de apoio para o idoso, na compreensão acerca da patologia. Os artigos foram pesquisados no período de 2010 a 2018. Utilizou-se para a busca das publicações, os seguintes descritores: Miopatias Inflamatórias, Polimiosite, Enfermagem, Qualidade de vida, Idoso. Após a busca, os artigos encontrados foram agrupados e analisados para a construção de discussão e resultados. Essa pesquisa faz parte do projeto semestral de ensino, pesquisa e extensão da Liga Acadêmica de Enfermagem em Saúde do Idoso (LAESI). Resultados: A baixa prevalência e a heterogeneidade de expressão clínica das miopatias inflamatórias bem como a falta de critérios diagnósticos bem estabelecidos dificultam o estabelecimento de uma estratégia terapêutica padronizada para a enfermagem. Além disso, a abordagem individual dos pacientes depende da gravidade da doença muscular e sistêmica e da identificação de fatores de mau prognóstico. Restrição moderada de atividades quando a inflamação é mais intensa muitas vezes ajuda. O comprometimento de cinturas se traduz por diminuição da capacidade de erguer objetos acima do nível da cabeça, pentear os cabelos, alcançar o cabide, dispor roupas no varal, subir escadas e levantar-se de um assento sem se apoiar com as mãos. Conclusão: Devemos ?car atentos para o diagnóstico diferencial entre estas entidades com tratamentos distintos, especialmente em pacientes idosos. A realização desta pesquisa possibilitou ampliar a visão em relação a compreensão da dificuldades e limitações vivenciadas pelo portador de polimiosite. Diante da realização deste trabalho observou-se que adaptada de acordo com as necessidades de forma individualizada, tendo em vista que estas ferramentas contribuem significativamente para a prática, no ensino e no processo de desenvolvimento da enfermagem. Contribuições e implicações para a Enfermagem: A ideia de que a falha em curar ou prolongar a sobrevida em muitas dessas doenças neuromusculares signifique que não há nada a fazer é uma triste constatação que frequentemente nos deparamos por falta de um conhecimento holístico ou abordagem em termos de reabilitação. Além do manejo terapêutico adequado, intervenções não farmacológicas são importantes na abordagem dos pacientes com miopatias inflamatórias. Dentre elas destacam-se programas de reabilitação desde o início da doença, medidas para evitar aspiração em pacientes com bordada, a importância de uma assistência de Enfermagem qualificada do diagnóstico precoce ao tratamento desta patologia, a fim de ofertar ao paciente bons cuidados e uma melhor qualidade de vida (3).

• Palavras-chave
• Miopatias Inflamatórias. Polimiosite. Enfermagem.
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Eixo 3: O Processo de Enfermagem como evidência do cuidado