SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTE PEDIÁTRICO DE HERNIOPLASTIA UNILATERAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

• Autor
• Maria Victória Cravo Salustiano
• Co-autores
• Ana Victória Antônio José dos Santos , Renata Ewillyn de Sousa Alves , Karina Cristina Pinheiro Oliveira , Wagner Felipe dos Santos Neves , Sheila Barbosa Paranhos , Franciane do Socorro Rodrigues Gomes , Andressa Tavares Parente (orientador)
• Resumo

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  Introdução: Hérnia inguinal refere-se à malformação congênita mais comum no universo pediátrico, com incidência global estimada entre 0,8% e 5,0% em lactentes a termo e a 30,0% em baixo peso ao nascer e prematuros. Esta afecção apresenta-se como uma protuberância na região inguinal, que pode vir acompanhada de sintomas como náusea, vômito, distensão abdominal e obstipação, sendo normalmente percebida pelos próprios pais da criança ou por profissionais de saúde durante avaliações de rotina¹. Seu tratamento requer correção cirúrgica, configurando-se como uma cirurgia eletiva². Por tratar-se de uma cirurgia simples, a maioria dos pacientes submetidos a correção recebe alta hospitalar com um dia de pós-operatorio¹^,3. Apesar do baixo risco associado, a enfermagem deve atuar junto ao paciente nas fases pré e pós-operatória, como em qualquer procedimento cirúrgico⁴ e o emprego da sistematização da assistência em enfermagem deve permitir identificar as necessidades do paciente, elaborar plano de cuidados específicos e avaliar a assistência oferecida. Objetivo: Descrever a experiência de acadêmicos de enfermagem durante o semi-internato em pediatria, na elaboração e da Sistematização da Assistência de Enfermagem para o manejo de um paciente pediátrico submetido a correção de hérnia inguinal. Método: Estudo descritivo do tipo relato de experiência, realizado em abril de 2019, durante semi-internato pediátrico em clinica cirúrgica de um hospital de referência materno-infantil. As informações incluídas neste trabalho foram coletadas por acadêmicos do curso de Enfermagem no sétimo semestre. Como instrumento metodológico assistencial, utilizou-se o processo de enfermagem mediante a execução das seguintes etapas: histórico, diagnósticos de enfermagem, planejamento, implementação dos cuidados e avaliação da assistência. Para tanto, utilizou-se diagnósticos de enfermagem prioritários ao paciente pediátrico de hérnia inguinal, dispondo da taxonomia da NANDA (2018-2020) e Ligações NANDA NOC-NIC (2013). Resultados: Obtiveram-se os seguintes dados: paciente do sexo masculino, 9 anos, natural de Belém/PA, com diagnóstico de hérnia inguinal unilateral, já sido operado do lado esquerdo há 2 anos, sem complicações. Queixava-se dor e constipação. Genitora referia dieta e ingesta hídrica adequadas, com frutas e verduras, relatando administração de laxante para ajudar nas evacuações. Apresentava-se consciente, orientado em tempo e espaço, bom estado geral, pele sem anormalidades, pupilas isocóricas fotoreagentes, mucosas normocoradas, pavilhão auricular com sujidades, dentes cariados, língua levemente saburrosa. Tórax simétrico, com boa expansibilidade pulmonar, AP: MV+, sem ruídos adventícios, FR: 21 rpm, BNF2T, sem sopros, FC: 75 bpm.  Abdome flácido, timpânico à percussão e doloroso à palpação em hipocôndrio direito, sem presença de sinais flogísticos, RHA hipoativos. MMII com mobilidade preservada. Ao avaliar de maneira geral o paciente, buscou-se realizar uma sistematização da assistência de enfermagem adaptada às necessidades humanas básicas, sendo possível elencar os principais diagnósticos de enfermagem: Dor aguda relacionada à agente biológico lesivo evidenciado por expressão facial de dor; Risco de infecção relacionado a procedimentos invasivos; Constipação relacionada motilidade gastrintestinal diminuída, evidenciada por RHA hipoativos; Ansiedade relacionada a procedimento cirúrgico, evidenciada por apreensão; Dentição prejudicada relacionada a higiene oral inadequada, evidenciada por cáries. As principais intervenções de enfermagem listadas foram: monitorizar sinais vitais, observar e anotar características da dor, administrar analgésicos; Atentar para local de incisão cirúrgica, sinais flogísticos, hiperemiação e/ou sangramento; Observar e registrar frequência de evacuações, monitorar RHA, estimular ingestão hídrica e deambulação; Estimular atividades recreativas como pintura ou desenhos; Oferecer apoio e estimular exposição dos sentimentos; Orientar quanto à rotina e importância da higiene oral. Conclusão: Os cuidados na clínica cirúrgica pediátrica envolvem muito mais do que a realização de procedimentos, uma vez que a criança não está acostumada ao ambiente hospitalar e tampouco tem o discernimento da sua condição de saúde atual, logo, precisará brincar e sentir-se segura, podendo-se utilizar do lúdico para isso. A atenção focada no binômio é pré-requisito para assistência completa. Contribuições e implicações para enfermagem:   Através do processo de enfermagem possibilitou que as reais necessidades sejam identificadas, norteando assim o planejamento da assistência de forma cientificamente embasada, o que facilita o alcance de resultados durante a hospitalização.

• Palavras-chave
• Enfermagem Pediátrica, Hérnia Inguinal, Processo de Enfermagem.
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Eixo 3: O Processo de Enfermagem como evidência do cuidado