TEORIA DA INTERVENÇÃO PRÁXICA DA ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA NO SUPORTE AO PROCESSO DE ENFERMAGEM

• Autor
• Gabriela Alves de Morais Nogueira
• Co-autores
• Letícia de Cássia Cunha Pereira , Jullianny Meneses Almeira , Laila Aline de Paiva Gurjão Cabral , Isabel Samita Ferreira Moraes , William Dias Borges (orientador)
• Resumo

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  INTRODUÇÃO: O Processo de Enfermagem (PE), é a principal forma de sistematizar a assistência, determina ações sistematizadas e inter-relacionadas para a organização da assistência ao paciente. Sendo dividido em cinco etapas: coleta de dados; diagnóstico; planejamento; implementação e avaliação ou evolução. Ele é utilizado para captar as principais necessidades do paciente. A partir disso, são traçadas as intervenções e procedimentos que serão realizados para chegar ao resultado esperado1. Alguns anos atrás, algumas teoristas expuseram seus pontos de vista, de formas diferentes e muitas vezes correlacionadas. As Teorias de Enfermagem (TE) sustentam as práticas profissionais de enfermagem e auxiliam na ação do cuidado em resposta às necessidades do ser humano e/ou da comunidade. Elas são desenvolvidas com base em conceitos, modelos e preposições que servem como apoio as ações práticas, ajudando e esclarecendo as abordagens adotadas no objeto principal de trabalho, o ser humano, fazendo uma relação entre as atividades reais do trabalho e os conceitos elaborados na área2. OBJETIVOS: Demonstrar a Teoria da Intervenção Práxica da Enfermagem em Saúde Coletiva (TIPESC)  e relacionar ao Processo de Enfermagem. MÉTODO: Essa pesquisa foi baseada em um levantamento bibliográfico em artigos científicos na plataforma especializada Scielo – Scientific Electronic Library Online e BVS – Biblioteca Virtual em Saúde, no mês de setembro de 2019. RESULTADOS E DISCUSSÕES: A Teoria da Intervenção Práxica da Enfermagem em Saúde Coletiva (TIPESC) criada por Emiko Yoshikawa Egry, em 1996, trata-se de uma teoria de enfermagem com o intuito de compreender a saúde coletiva como um todo, no campo teórico e prático, articulado aos processos de produção e reprodução, com base nos conceitos de Karl Marx, a partir da visão de mundo Materialista Histórica e Dialética (MHD), como uma forma de abstrair mais informações da realidade objetiva, passando a ter influências ética-cultural  e assim intervir através de uma metodologia dinâmica, dialetizada e participativa3. Baseado nesse pensamento, Egry (1996) apresenta as bases filosóficas teóricas da TIPESC, que entra em conformidade com MHD, sendo elas divididas em duas categorias: categorias conceituais (área da saúde, como o ser humano, processo de saúde-doença, saúde coletiva, sociedade e outros) e categorias dimensionais, consiste em analisar a totalidade da situação, se utilizando da práxis e a relação interpenetrável das dimensões estrutural (sociedade), particular (grupo/ família) e singular (indivíduo)3. A TIPESC opera em cinco etapas: Captação da realidade objetiva; Interpretação da realidade objetiva; Proposta de intervenção na realidade objetiva; Intervenção na realidade objetiva; Reinterpretação da realidade. Após fazer uma análise sobre a TIPESC e o PE, foram observadas uma correlação entre suas etapas, como por exemplo: a captação da realidade objetiva com a coleta de dados, interpretação da realidade objetiva e o diagnóstico de enfermagem, Proposta de intervenção na realidade objetiva com o planejamento, intervenção na realidade objetiva com a implementação, e por fim a reinterpretação da realidade objetiva e a avalição ou evolução. Nota-se, que a TIPESC enquanto suporte teórico do PE, traz a visão de não considerar apenas a pessoa, elas refletem sobre a totalidade, o que está em volta do indivíduo e a sociedade, com o propósito de mudar a realidade objetiva, como refere-se a práxis5. CONSIDERAÇÕES FINAIS/CONTRIBUIÇÕES E IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM: A TIPESC propõe uma visão ampliada da saúde coletiva, captando e interpretando o processo saúde doença, desse modo compreende-se que a teoria possui uma proposta multidisciplinar, abrangendo a sociologia, epidemiologia, epistemologia, com o objetivo de ampliar o olhar do profissional de enfermagem, repensando as práticas do cuidar e  tornando-o mais analítico e questionador quanto a sociedade, e assim agir da melhor forma nas suas práticas de intervenção, possibilitando o cuidado muito mais eficaz e transformando realidades. Para o PE, a TIPESC se encaixa como uma ferramenta importante na transformação das práticas dos profissionais e da organização do processo do cuidado, fazendo com que haja uma interpretação, não apenas do indivíduo, mas também da sociedade como um todo e de como isso pode afetar ou melhorar a condição em que essa pessoa se encontra.

   

  DESCRITORES: Teorias de enfermagem; Processo de enfermagem; Saúde coletiva.

   

• Palavras-chave
• Teorias de enfermagem, Processo de enfermagem, Saúde coletiva.
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Eixo 4: Experiências e reflexões no Processo de Cuidar