Introdução: As lesões por pressão apresentam-se como um evento adverso à hospitalização na infância, fase fundamental em que se estabelecem as bases do desenvolvimento, prejudicando sua recuperação e prolongando o tempo de permanência hospitalizada, predispondo o desenvolvimento de infecção e aumentando custos hospitalares, além de estar associadas à taxa de mortalidade (1). As lesões por pressão (LPP) são danos localizados na pele e/ou tecidos subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea, resultante de pressão isolada ou combinada com forças de cisalhamento e/ ou fricção. Os riscos aumentam quando somado aos fatores predisponentes intrínsecos da pessoa (NPUAP - National Pressure Ulcer Advisory Panel, 2016). A prevenção de LPP, são realizadas por multiprofissionais, evidenciando o processo de enfermagem, e vinculam-se a questões de segurança e qualidade do cuidado. Segundo a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, a Sistematização da assistência de Enfermagem (SAE) é uma atividade privativa do enfermeiro que norteia as atividades de toda a equipe de enfermagem. No gerenciamento, compete ao enfermeiro identificar, planejar e executar medidas preventivas de acordo com a necessidade de cada paciente, para tanto é indicado a utilização de instrumentos importantes para identificação. Um dos instrumentos mais conhecidos e utilizados em hospitais para auxiliar na identificação do risco de desenvolvimento dessas lesões em crianças, é a Escala de Braden Q (EB-Q). O enfermeiro é agente ativo na observação, notificação e tratamento de LPP nos serviços de UTI Pediátrica. Portanto, o planejamento do cuidado de enfermagem ao paciente crítico, é sua competência legal, assim como o conhecimento sobre o assunto e a utilização de escalas que permitam avaliar suas evidências (4,5). OBJETIVOS: Utilizar Escala de Braden como instrumento de avaliação do grau de risco em uma unidade de terapia Intensiva Pediátrica. Identificar diagnósticos de enfermagem para Riscos de LLP segundo a taxonomia da NANDA e Intervenções de acordo com Classificação NIC.RESULTADOS: Para o cumprimento do protocolo assistencial implantado para prevenção e tratamento de LLP, durante admissão o enfermeiro utiliza como instrumento a Escala de Braden para avaliação do grau de risco para cada criança que se enquadram nos critérios de inclusão deste protocolo, e o score alcançado é registrado em prontuário e na placa de identificação do leito da criança. Com isso, permitindo a identificação dos diagnósticos e intervenções imediatas de medidas preventivas. Os principais pontos a serem avaliados são: Percepção sensorial; mobilidade; atividade; umidade; estado nutricional e fricção e cisalhamento. Foram identificados como principais diagnósticos de Enfermagem segundo a taxonomia da NANDA: Risco para úlcera por pressão; Risco para integridade da pele prejudicada; Integridade da pele prejudicada; Integridade Tissular da Pele Prejudicada; Dor Aguda; Dor Crônica; Mobilidade Física Prejudicada. E como intervenções implantadas de Enfermagem NIC aqui identificadas são as seguintes: Auxiliar a mudança de decúbito; estimular movimentação no leito; proporcionar posição confortável a criança; manter cabeceira elevada; proteger a pele das proeminências ósseas; realizar banho de leito; hidratar a pele; implementar cuidados com eliminação urinária. Manter pele seca; trocar lençóis úmidos; proteger a pele adjacente da exposição decorrente de exsudato de feridas. CONCLUSÃO: A vivência proporcionou aos discentes de enfermagem grande aprendizado sobre a prevenção das LPP. Estimulou-se os mesmos a serem futuros profissionais críticos e aptos a propor reflexão neste âmbito a outros profissionais de saúde. CONTRIBUIÇÃO E COMPLICAÇÃO PARA ENFERMAGEM. A complexidade e a gravidade das crianças internadas resultam na necessidade de reavaliação diária do potencial e do risco de desenvolvimento de LPP. A reavaliação diária permite aos profissionais de saúde ajustar sua estratégia de prevenção conforme as necessidades do paciente onde esse tipo de evento adverso pode ser evitado pelo profissional de saúde.
APRESENTAÇÃO
A Associação Brasileira de Enfermagem seção Pará (ABEn PA) através da Comissão Permanente de Sistematização da Prática de Enfermagem – COMSISTE ABEn Pará, realizou nos dias 02, 03 e 04/10/2019, o 3º Simpósio Paraense de Sistematização da Assistência de Enfermagem - SPSAE, com o objetivo de discutir, esclarecer e fomentar ideias sobre o Processo de Enfermagem e a Sistematização da Assistência de Enfermagem na área da formação, assistência, gestão e pesquisa.
A primeira versão do SPSAE ocorreu em 2017 junto da 78ª Semana Brasileira de Enfermagem (SBEn) onde foram apresentados trabalhos científicos e discutidos temas relativos à sistematização do cuidado e novas terminologias para o processo de enfermagem como a CIPE. E em junho de 2018 a 2ª versão ocorreu no Hangar Centro de Convenções junto do Congresso Médico-Amazônico e contou com a presença da Profª. Drª. Marcia Regina Cubas.
Nesta atual versão do SPSAE a ABEn PA através da COMSISTE trouxe o tema central “O Processo de enfermagem na visibilidade técnico-político do cuidado”, ancorado nos eixos temáticos: Eixo 1: A sistematização enquanto gestão/gerenciamento do cuidado de enfermagem; Eixo 2: Uso de linguagens padronizadas no processo de enfermagem; Eixo 3: O processo de Enfermagem como evidência do cuidado e o Eixo 4: Reflexões e Experiências sobre o Processo do Cuidar.
A programação contou com conferências, mesa redonda, roda de conversa, 99 apresentações de trabalhos científicos que por mérito receberam premiações e menção honrosa, além de contarmos com momento cultural e social com a presença do grupo cultural de idoso “Tarde Feliz” que é parceiro do Departamento Científico de Enfermagem Gerontológica (DCEG ABEn PA). Além de termos realizado o 1º Encontro do Grupo de Interesse em Sistematização da Assistência e Processo de Enfermagem (GISAEPE) que reuniu, no âmbito do 3º SPSAE promovido pela COMSISTE ABEn PA, diferentes instituições de ensino e serviço.
O 3º SPSAE contou com a presença da convidada externa professora da Universidade Federal de Goiás (UFG), Drª. Márcia Bachion, que em sua fala reforçou as diferenças entre os termos “Sistematização da Assistência de Enfermagem” (SAE) e “Processo de Enfermagem” (PE), colocando que a SAE são as formas de organizar o atendimento como um todo e o PE são expressões do método de abordagem clínica organizado em etapa e que envolvem suportes teóricos e uso de linguagens padronizadas.
Por fim, acreditamos que o 3º SPSAE contribuiu para o avanço na compreensão e reflexão de conceitos e fortalecimento da gestão e gerência do cuidado sistematizado em enfermagem e com métodos do escopo da ciência enfermagem e esperamos que os Anais produzido a partir destas oportunas reflexões possam seguir guiando a práxis da enfermagem.
William Dias Borges
Diretor de Desenvolvimento de Práticas Profissionais e do Trabalho da Enfermagem da ABEn PA Gestão 2016-2019
Coordenador da COMSISTE ABEn PA
Comissão Organizadora
Ana Alice Matias Ambé
Ricardo Gonçalves
Jaqueline Dantas Neres Martins
Andressa Tavares Parente
Larissa De Oliveira Favacho
Ilma Pastana Ferreira
Ingrid Magali De Souza Pimentel
Josianne Corrêa Cardoso
Marcelo Williams Oliveira de Souza
Margarete Feio Boulhosa
Maria de Belém Ramos Sozinho
Milena Farah Damous Castanho Ferreira
Nahima Castelo de Albuquerque
Nádile Juliane Costa de Castro
Regina Coeli Nascimento de Souza
Tatiane Gisele Marques da Silva
William Dias Borges
Conceição Chagas Pessoa
Luciano Sales Pereira
Everton Luis Freitas Wanzeler
Comissão Científica
Coordenação da Comissão Científica
William Dias Borges
Andressa Tavares Parente
Marcelo Williams Oliveira de Souza
Avaliadores
Andressa Tavares Parente
Cinthia Brígida Brito de Moraes
Daiane de Souza Fernandes
Gabriela de Cássia Oliveira dos Santos
Ilma Pastana Ferreira
Ingrid Magali de Souza Pimentel
Jonas Melo de Matos Júnior
Josianne Corrêa Cardoso
Josué Rodrigues de Sousa
Lúcia Hisako Takase Goncalves
Marcelo Williams Oliveira de Souza
Margarete Feio Boulhosa
Maria de Belém Ramos Sozinho
Milena Farah Damous
Nahima Castelo de Albuquerque
Nádile Juliane Costa de Castro
Marcelo Williams Oliveira de Souza
Margarete Feio Boulhosa
Maria de Belém Ramos Sozinho
Milena Farah Damous
Nahima Castelo de Albuquerque
Nádile Juliane Costa de Castro
Regina Coeli Nascimento de Souza
Suenny Leal Melo
Tatiane Gisele Marques da Silva
Vanessa Pompeu Baia
William Dias Borges
Comissão Organizadora
Ana Alice Matias Ambé
Ricardo Gonçalves
Jaqueline Dantas Neres Martins
Andressa Tavares Parente
Larissa De Oliveira Favacho
Ilma Pastana Ferreira
Ingrid Magali De Souza Pimentel
Josianne Corrêa Cardoso
Marcelo Williams Oliveira de Souza
Margarete Feio Boulhosa
Maria de Belém Ramos Sozinho
Milena Farah Damous Castanho Ferreira
Nahima Castelo de Albuquerque
Nádile Juliane Costa de Castro
Regina Coeli Nascimento de Souza
Tatiane Gisele Marques da Silva
William Dias Borges
Conceição Chagas Pessoa
Luciano Sales Pereira
Everton Luis Freitas Wanzeler
Comissão Científica
Coordenação da Comissão Científica
William Dias Borges
Andressa Tavares Parente
Marcelo Williams Oliveira de Souza
Avaliadores
Andressa Tavares Parente
Cinthia Brígida Brito de Moraes
Daiane de Souza Fernandes
Gabriela de Cássia Oliveira dos Santos
Ilma Pastana Ferreira
Ingrid Magali de Souza Pimentel
Jonas Melo de Matos Júnior
Josianne Corrêa Cardoso
Josué Rodrigues de Sousa
Lúcia Hisako Takase Goncalves
Marcelo Williams Oliveira de Souza
Margarete Feio Boulhosa
Maria de Belém Ramos Sozinho
Milena Farah Damous
Nahima Castelo de Albuquerque
Nádile Juliane Costa de Castro
Marcelo Williams Oliveira de Souza
Margarete Feio Boulhosa
Maria de Belém Ramos Sozinho
Milena Farah Damous
Nahima Castelo de Albuquerque
Nádile Juliane Costa de Castro
Regina Coeli Nascimento de Souza
Suenny Leal Melo
Tatiane Gisele Marques da Silva
Vanessa Pompeu Baia
William Dias Borges