Lélia Gonzalez foi mantida esquecida dentro da academia, não constando nas disciplinas dos cursos de ciênciais sociais, mas isso não signifcava que ela estava fora de circulação, pelo contrário nunca deixou de circular no movimento de mulheres negras mesmo sem republicações em livros, circulava em textos fotocopiados já borradas de tantas cópias feitas.
Os esforços para manter viva a memória da vida e obra de Lélia Gonzalez são inúmeros e ultrapassam o que se espera na academia, entretanto já em 1999 Luiza Bairros pública o artigo “Lembrando Lélia Gonzalez 1935-1994” trazendo um panorama da vida e obra de da autora, segundo o google acadêmico foi citado 235 vezes, nesse artigo a escritora convoca quem lê a contruir um lugar na academia para Lélia Gonzalez, dada a a importância da obra, nesse artigo ela ressalta a leitura afiada de Lélia Gonzalez da realidade social brasileira.
Em 2005 temos a publicação da dissertação de Raquel de Andrade Barreto, com o título “Enegrecendo o feminismo ou feminizando a raça: narrativas de libertação em Angela Davis e Lélia González”. O mestrado foi em História Social da Cultura na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e em seguida vem a dissertação de Elizabeth do Espírito Santo Viana, sob o título “Relações raciais, gênero e movimentos sociais: o pensamento de Lélia Gonzalez 1970 1990”, apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História Comparada, Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com orientação de Flávio dos Santos Gomes.
Ainda temos a publicação de Claudia Pons Cardoso em 2014 na revista estudos feministas o artigo: “Amefricanizando o feminismo: o pensamento de Lélia”, Pamela Guimarães em 2021 a tese intitulada: “De Lélia Gonzalez a Marielle Franco: mulheres negras e seus processos comunicacionais interseccionais de resistência" e em 2022 temos a publicação de Flavia Rios e Stefan Klein na revista Sociedade e Estado, o artigo “Lélia Gonzalez: uma teórica crítica do social”.
O que se percebe é os esforços para construir Lélia Gonzalez como interprete do Brasile teórica feminista um esfrço coletivo exercicido por intelectuais negras ao longo de 25 anos.
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