O artigo pretende demonstrar que as teorias críticas da interseccionalidade e do reconhecimento podem ser alternativas teórico-práticas combinadas e relevantes para a compreensão das desigualdades brasileiras, desocultando as formar especificas de privação e desrespeito que determinados sujeitos são recorrentemente submetidos. Serão utilizadas as contribuições analíticas e paradigmáticas de Patrícia Hill Collins, Carla Akotirene e Kimbelé Crenshaw, teóricas do feminismo negro representando o campo do pensamento interseccional; e para o campo da teoria do reconhecimento, serão utilizadas as contribuições representadas por Axel Honneth, Nancy Fraser e Charles Taylor. O ensaio que propomos é a articulação das duas correntes do pensamento crítico, demonstrando que ambas dialogam instrumentalmente como ferramentas que podem provocar modificações nas políticas públicas por meio de práticas interseccionais de reconhecimento, e dessa forma mudar a configuração tradicional de ocultamento das especificidades dos sujeitos subalternizados e provocar composições teórico-práticas entre as vertentes.
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Maro Lara Martins
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