Nesta comunicação se analisará brevemente o quadrinho Ronda Vermelha (2017) do roteirista Garth Ennis, que levará em conta traços análogos da representação do tipo de grupo de extermínio que surge dentro das forças policiais estadunidenses e das que surgem nas polícias latino-americanas, com foco aqui nas brasileiras notadamente às dos últimos 60 anos. Assim por meio dessa obra ficcional é possível verificar que existem coincidências nas formações desse tipo de poder paramilitar tolerado em democracias como uma espécie de força auxiliar da ordem instituída econômica política, seguindo um modelo corporativista ilegal que se serve do conhecimento técnico adquirido por seus participantes durante ou depois de suas permanências nas forças policiais de seus respectivos países.
Serão utilizados como parâmetros teóricos o conceito de necropolítica de Achille Mbembe, além de análise de conteúdo da narrativa, nos valendo de informações visuais e textuais que denunciem técnicas específicas, além da emergência da ocupação de centros urbanos de populações de diversas etnias negras que passaram a ser as vítimas favoritas desse tipo de grupo, ainda que não exclusivamente.
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Maro Lara Martins
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