O bolsonarismo como um grupo político/ideológico de extrema-direita desde que se consolidou formalmente nas eleições presidenciais de 2018, simbolizou um risco a democracia brasileira. Seu impacto e dispersão ideológico atingiu uma grande massa do eleitorado bem como de políticos e empresas que se aproveitaram do seu discurso. Nesse sentido, o Grupo Jovem Pan foi um dos veículos de imprensa que se associaram ao projeto antidemocrático bolsonarista. Assim, o objetivo desse trabalho é analisar o papel do Grupo Jovem Pan durante o governo Bolsonaro e entender sua influência como propagadora de fake news e de discurso de ódio relacionados especialmente a Pandemia da Covid-19 e aos ataques antidemocráticos a instituições e representantes do poder público. Seu material de análise se baseou em vídeos e notícias vinculadas a Jovem Pan, bem como se utilizou como referência bibliográfica autores que trabalhassem a questão da imprensa, democracia e fake news. A partir dos resultados obtidos, compreende-se que a Jovem Pan se utilizou do princípio da liberdade de imprensa e da liberdade de expressão como mecanismos de defesa para disseminar conteúdos sabidamente desinformativos e estreitar laços com o governo Bolsonaro. Após a derrota de Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022, a Jovem Pan passou a sofrer revezes judiciais em virtude por incentivar ataques antidemocráticos e propagar fake news em massa durante o período citado. Assim, precisou reestruturar-se enquanto grupo de mídia em relação a sua programação e integrantes, ao visar novas relações com o novo governo sabidamente democrático e oposto ideologicamente.
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Maro Lara Martins
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