O trabalho que se apresenta discute as noções de Nostalgia e Pessimismo na concepção de História na obra do político e historiador pernambucano Joaquim Nabuco, nos primeiros anos da República brasileira. O objetivo da pesquisa é compreender as transformações do entendimento de Nabuco sobre o passado e futuro da nação mediante as mudanças de paradigmas político e temporal no período de transição entre a Monarquia e a República. Propomo-nos a analisar livros tais como O Abolicionismo, Balmaceda, Minha Formação e Um Estadista do Império evidenciando não apenas as suas diferenças formais e estilísticas, que em nosso entendimento não são tão expressivas, mas como são desenvolvidas as estratégias de composição da noção de Tempo, sobretudo o Tempo Político da nação, através do jogo de afastamento e aproximação do passado brasileiro. Nabuco possuía formas narrativas que transitavam entre o que chamaremos de texto literário e estudos históricos. Dessa maneira, investigaremos as formas que a nostalgia e o pessimismo são mobilizados por Nabuco, em seus escritos, como topos para a definição de seu projeto de História e de política no alvorecer do século XX.
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Maro Lara Martins
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