Este trabalho intenta promover uma comparação entre os diagnósticos a respeito da formação nacional em Paulo Prado e Gilberto Freyre, personagens-chave do modernismo no Brasil. É de Prado a última grande obra de interpretação do país publicada na década de 20, “Retrato do Brasil” (1928). Pouco depois, em 1933, Freyre lançou “Casa-grande & senzala”, “o maior dos livros brasileiros”, nas palavras de Darcy Ribeiro. Os dois ensaios condensam muito do postulado modernista de se pensar a sociedade nacional em torno da originalidade da cultura brasileira e de sua relação com a Europa. Contudo, são obras mais distantes que próximas em seus prognósticos. Prado repudiou o passado nacional por sua suposta decadência moral, da qual a miscigenação seria resultado. Enquanto Freyre elaborou a tese que o Brasil foi a primeira sociedade moderna dos trópicos, triunfando por meio do hibridismo cultural.
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