A Política que Forja a Família: análise das relações entre política e família a partir do caso das memórias da família Abrantes/Gonçalves (Lastro-PB, 1983-2018)

  • Autor
  • Karine Nogueira dos Santos
  • Resumo
  • Jorge Mattar Villela (2009), em pesquisa realizada no Sertão de Pernambuco, produziu reflexões sobre as relações tecidas entre a família e a política: seriam as questões biológicas e afetivas que unem as pessoas em torno de um grupo que pode ser chamado de família? Em parte sim, mas não unicamente. Villela chama a atenção para o modo como famílias podem ser reorganizadas devido a circunstâncias políticas, vínculos são construídos ou diluídos a cada contexto. Neste sentido, não só as famílias fazem a política, como a política também faz e desfaz as famílias. Tendo isto em vista, o presente trabalho busca problematizar esses rearranjos familiares e políticos partindo do caso dos Abrantes/Gonçalves, da cidade do Lastro, na Paraíba. Esta análise tem como fonte primária os livros Sangue, Terra e Pó (1983), de José de Abrantes Gadelha; e Memórias de um Persistente (2011), de Erasmo Quintino de Abrantes. Os dois autores são membros da mesma família, porém buscam construir memórias diferentes sobre ela. Usando o método da análise do discurso (Foucault, 2004) e mobilizando conceitos como memória (Catroga, 2015) e esquecimento (Huyssen, 2014), procuramos compreender como a família Abrantes/Gonçalves tem se constituído, especialmente através de narrativas organizadas e publicadas em livros, não apenas como um grupo de pessoas unidas por aspectos biológicos e afetivos, mas também como agrupamento político.

     

  • Palavras-chave
  • Abrantes/Gonçalves; Família; Lastro-PB; Memórias; Política.
  • Área Temática
  • GT 5 - Elites, Poder e Instituições Democráticas
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  • Grupos de Trabalho (GTs)
  • Pensamento Social Brasileiro
  • Intelectuais, Cultura e Democracia
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  • GT 5 - Elites, Poder e Instituições Democráticas
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