O objetivo deste artigo é analisar os diálogos intelectuais de Ademar Vidal (1897-1986) e a repercussão de sua produção entre 1920 a 1940. Para isto, selecionamos os prefácios e dedicatórias dos livros de sua autoria publicados na década de 1940: Guia da Paraíba (1943), Terra de Homens (1944) e Lendas e Superstições (1949). Além da repercussão desses escritos em periódicos e fotografias que evidenciam a elaboração de um perfil intelectual. Apesar das temáticas variadas dos livros, conseguimos detectar sujeitos que estavam em destaque no cenário intelectual ou político da época de produção dos textos. Nossa intenção parte de perceber a elaboração de uma sociabilidade e como refletem uma trajetória intelectual a partir das trocas, apoio e agradecimentos ao logo dos prefácios e dedicatórias presentes nos livros. Podemos perceber um movimento de partilha de ideias em comum ou de interesses temáticos, que interligaram intelectuais de lugares distintos. A problemática é pautada na seguinte questão: como Ademar Vidal elaborou e atuou em redes intelectuais da primeira metade do século XX? O diálogo teórico-metodológico é fundamentado nas discussões de Jean-François Sirinelli (2003), Michel Foucault (2014), Ângela de Castro Gomes e Patrícia Santos Hansen (2016) e José D`Assunção Barros (2012).
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Maro Lara Martins
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