Introdução: O Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI), também conhecido como transtorno de múltiplas personalidades, é considerado a partir da presença de duas ou mais identidades de personalidades distintas, podendo acontecer de a pessoa perder a capacidade de perceber sua outra personalidade. A integração normal da consciência é afetada, gerando descontinuidade na memória, na percepção, no comportamento e até mesmo no controle motor. Especialistas concordam que apesar das múltiplas identidades, o indivíduo compartilha de certas características entre elas, de modo que o processo de dissociação é acarretado por um trauma sofrido com o qual o “eu” consciente não possui aptidão para lidar, sendo então a dissociação um mecanismo de defesa. Essa disfunção a partir das alterações mentais, cerebrais e psicológicas, coloca o paciente, sua família e círculo social em sofrimento mútuo. Objetivo: investigar as razões que levam o indivíduo a desenvolver o Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI) abordando o caráter psicopatológico desse transtorno Metodologia: Para construção desse estudo optamos pela revisão narrativa de literatura, a partir das bases de dados BVS, LILACS, Scielo, e das páginas do Ministério da Saúde (MS) e Conselho Federal de Psicologia (CFP). As buscas tem como critério de seleção 1) artigos em língua portuguesa com data de publicação a partir de 2015 sendo partes de periódicos, anais e artigos independentes; 2) estudos empíricos (clínicos e/ou epidemiológicos e/ou bibliográficos). Respondendo à questão norteadora: Quais as causas/fatores que favorecem o desenvolvimento do Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI)? Resultados: O TDI ainda não dispõe de uma causa específica para sua manifestação, mas um fator determinante para o seu desenvolvimento está associado aos traumas da infância. Estudos revelam que a avaliação neuropsicológica contribui bastante para a intervenção e tratamento desses casos. Os métodos mais utilizados para o tratamento do TDI incluem a hipnoterapia, psicoterapia e terapias à base de fármacos, porém não existem medicamentos específicos para o trato do TDI. Por vezes confundido com o Transtorno pós-traumático, doenças correlatas ao TDI são importantes de serem constatadas para o seu real diagnóstico, como a depressão, abuso de substâncias psicoativas e traumas sexuais, por isso o papel do psicólogo é primordial nesse processo de evolução psicológica. Conclusão: A partir dos resultamos concluímos que ainda há uma longa estrada a ser percorrida para que haja uma plena compreensão desse transtorno, pois o mesmo é recente, quando comparado aos demais. Mesmo ainda sendo desconhecido do grande público e sendo escassos os estudos na área, psicólogos e demais profissionais da saúde têm se atentando para a importância de desenvolver estudos que sejam eficazes na intervenção desse transtorno, justamente pela sua dificuldade em ser diagnosticado e pela escassez de métodos psicoterapêuticos e medicamentosos.
DA ELABORAÇÃO, SUBMISSÃO. E APRESENTAÇÃO ORAL DOS RESUMOS
Comissão Organizadora
Francisco Mayron Morais Soares
Luciana de Moura Ferreira
Comissão Científica
Bruna Aparecida Melo Batista
Francisco Wesley Souza
Glícia Mesquista Martiniano Mendonça
Kirley Kethellen Batista Mesquita
Maria Laís dos Santos Leite
Maria Sinara Farias
Márcio Silva Gondim
Paulo Cesar Teles Correia Junior
Rafael Pereira
Rebeca Chaves Cruz
Samylle Barbosa Veras Ferro