Introdução: O campo da saúde caracteriza-se como uma área transdisciplinar, intersetorial e transversal. Por isso, abrange a organização da assistência à saúde, o sujeito e seu estilo de vida, o contexto territorial e as políticas públicas de humanização; nos diversos contextos culturais, sociais, políticos e econômicos. Objetivo: Discutir sobre o SUS enquanto um modelo para a promoção de saúde, com ações e princípios norteadores, que dão suporte à efetivação da política de saúde no Brasil. Método: Foi realizada uma revisão bibliográfica, do tipo narrativa, utilizando a base de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), com os descritores: “Promoção da Saúde” e “Sistema Único de Saúde”. Os critérios de inclusão foram artigos publicados em português entre 1990 e 2020; já os critérios de exclusão foram trabalhos em inglês e espanhol e que não contemplavam a realidade brasileira e a temática. Resultados: No campo da saúde, ocorreram diversas reformas e transformações sociais e passou a se caracterizar enquanto área do saber, setor produtivo e um estado da vida. Desde a década de 1960, houve um crescimento da mortalidade, das doenças endêmicas, dos acidentes no trabalho, da poluição ambiental e carência de saneamento. Com isso, aumentaram as insatisfações, questionamentos e mobilização popular contra as péssimas condições de vida, contra a burocracia nos atendimentos e oferta de serviços e o mau funcionamento da rede pública de saúde. As reformas no âmbito da saúde, ao longo das décadas de 1990 a 2000, ocorreram com a finalidade de romper com os privilégios e as privatizações, promovidos pelas políticas governamentais antipopulares que concentravam a renda nas mãos de uma minoria privilegiada que se preocupavam com os próprios interesses e não cumpriam seus deveres de garantir qualidade de vida às maiorias desvalorizadas, pobres e sem condições de pagar um tratamento de saúde. Sendo assim, após muitas crises, reformas e críticas sobre a baixa qualidade e eficácia da Saúde brasileira, o SUS surgiu para reordenar os serviços e as ações da saúde, tendo por princípios norteadores a universalidade, a integralidade e a equidade, promovendo saúde a nível regional, de forma hierarquizada e delimitada, com maior resolubilidade, descentralização e participação dos cidadãos, sendo também complementada pelo setor privado. Além disto, o SUS busca oferecer ações e serviços democraticamente, não mais baseada no diagnóstico da doença e sim na prevenção dela e na promoção de vida; o que aumento a possibilidade de atender as demandas sociais, combater discriminações e romper com privilégios e divisões de classes. Conclusão: Conclui-se que os novos modos de oferecer serviços de qualidade, regidos pelos princípios norteadores do SUS, possibilitaram uma abordagem multidisciplinar sob a ótica da clínica ampliada, ou seja, mais humanizada e acessível, facilitando a prevenção, a promoção, a proteção e a recuperação da saúde. Defender o SUS é de suma importância já que o sistema é responsável pela manutenção de diversos serviços ao povo brasileiro, desde a fiscalização da vigilância sanitária, a investimentos relacionados à pesquisa de medicações e distribuições de fármacos, entre outros.
DA ELABORAÇÃO, SUBMISSÃO. E APRESENTAÇÃO ORAL DOS RESUMOS
Comissão Organizadora
Francisco Mayron Morais Soares
Luciana de Moura Ferreira
Comissão Científica
Bruna Aparecida Melo Batista
Francisco Wesley Souza
Glícia Mesquista Martiniano Mendonça
Kirley Kethellen Batista Mesquita
Maria Laís dos Santos Leite
Maria Sinara Farias
Márcio Silva Gondim
Paulo Cesar Teles Correia Junior
Rafael Pereira
Rebeca Chaves Cruz
Samylle Barbosa Veras Ferro