Introdução: Vivemos atualmente uma crise humanitária, o Coronavírus (Covid-19) traz uma visão democrática de classes, condições sociais, religião, política, cultura, pois não escolhe quem vai atingir. Segundo Moretti, Neta e Batista (2020) a Covid-19 trouxe consigo consequências geopolíticas, sanitárias e psicológicas. Com isso, Vieira, Garcia e Maciel (2020) ressaltam que a mulher passou a ficar mais sobrecarregada, tanto por seu emprego e suas responsabilidades diárias, quanto por cuidar dos filhos e ainda sofrerem violências dos companheiros. Objetivo: Discutir sobre o aumento da violência contra a mulher durante a pandemia da Covid-19. Método: Trata-se de uma revisão da bibliográfica, de abordagem qualitativa, feita na plataforma Scientific Electronic Library Online (SciELO), com os descritores: “Infecções por Coronavírus” e “Violência contra a mulher”. Os critérios de inclusão foram produções feitas no Brasil, entre 2020 e 2021, em português, já os métodos de exclusão foram trabalhos em inglês e espanhol e que não estão relacionados à realidade brasileira e à temática. Resultados: Foram localizados 5 artigos que tratam de violência contra a mulher, Covid-19 e saúde mental. Bari (2020), ao refletir sobre o crescimento da violência doméstica contra as mulheres, afirma que faz-se relevante discutir que, a saúde mental das mulheres é prejudicada podendo diminuir sua autoestima, desenvolver ansiedade, depressão, terem vergonha e sentir culpa, após vários atos violentos sofridos. A OMS (2020) retrata que a pandemia da Covid-19 ocasionou crise na saúde mental e os serviços de assistência à saúde mental e à violência foram reduzidos, logo, a violência doméstica aumentou, porque as vítimas não tem como buscar ajuda, não tem assistência da família por conta do isolamento social, são obrigadas a permanecer com o agressor em casa e correm o risco de se contaminarem com a Covid-19 se saírem de casa, logo se veem encurraladas. Vieira, Garcia e Maciel (2020) relataram que nessa pandemia, com a convivência mais intensa das pessoas em suas casas, houve um aumento dos casos de violência contra a mulher, pois vemos que existe a tentativa de controle maior sobre a mulher, sobre a vida financeira, sobre as atividades domésticas, e que por vezes fica encarregado apenas da mulher fazer, causando um cansaço físico e mental. Com as novas configurações sociais, por conta da pandemia da COVID-19, milhares de mulheres passaram a trabalhar em home office, e consequentemente passaram a ter mais trabalho, além dos afazeres domésticos, ou estarem desempregadas ou de ter um emprego informal, com isso, é notório que, naquele ambiente a mulher já tinha uma dominação e agora com a maior presença do agressor, torna-se um lugar mais adoecedor psicologicamente falando, e ela fica mais sobrecarregada, tanto por seu emprego e suas responsabilidades diárias, quanto por ainda sofrem violência física ou até mesmo psicológica dos companheiros. Conclusão: Conclui-se que, a pandemia da COVID-19 trouxe diversas consequências a todos, para tanto, é preciso compromisso com a veracidade dos fatos e cientificidade nos estudos, para orientar os multiprofissionais sobre a realidade vulnerável vivida por mulheres agredidas e apoiar na busca por punições mais eficazes aos agressores.
DA ELABORAÇÃO, SUBMISSÃO. E APRESENTAÇÃO ORAL DOS RESUMOS
Comissão Organizadora
Francisco Mayron Morais Soares
Luciana de Moura Ferreira
Comissão Científica
Bruna Aparecida Melo Batista
Francisco Wesley Souza
Glícia Mesquista Martiniano Mendonça
Kirley Kethellen Batista Mesquita
Maria Laís dos Santos Leite
Maria Sinara Farias
Márcio Silva Gondim
Paulo Cesar Teles Correia Junior
Rafael Pereira
Rebeca Chaves Cruz
Samylle Barbosa Veras Ferro