Introdução: A disciplina de teorias e práticas educativas em saúde apresenta um diferencial em relação às demais disciplinas do curso de bacharelado em nutrição, por exigir do docente o ensino de conhecimentos diferentes daqueles que compõem o instrumental técnico de nutrição, pois desafia professores e alunos a se relacionar com contextos, pessoas, realidades e uma relação teoria-prática, em que o conhecimento técnico se revela insuficiente para lidar com situações vivenciadas em campo. Percebe-se a diferença de prioridade dada ao componente educação na formação do Nutricionista, nos dias atuais, comparando à proporção de carga horária definida para as "ciências pedagógicas" na graduação, a partir da I Conferência de Treinamento de Nutricionistas-dietistas, de 1966, quando a importância dessa área evidenciou-se por ser representada como constituinte da raiz do curso, ocupando 1/5 da sua base. Objetivo: Apresentar diversas concepções que docentes da disciplina teorias e práticas educativas em saúde têm de atividade prática e como entendem a relação teoria-prática.Metodologia: foi realizada um revisão bibliográficaatravés artigos científicos nabase de dados da biblioteca eletrônica SciELO, PUBmed e Lilacs com a finalidade de identificar artigos publicados entre os anos de 1977 à 2017. Na pesquisa foram utilizados os termos “Educação em Saúde”, “Práticas Educativas” e “Nutrição”. Inicialmente, foram pré-selecionados 09 os artigos com base no título, tendo como critério de inclusão a presença dos termos anteriormente citados e de exclusão artigos que estavam fora deste contexto. E por fim, escolhidos 04 artigos para realização deste resumo.Resultados:A prática pedagógica é percebida pelos docentes, entretanto nem todos conseguem explicitar com clareza o porquê de inserir, ao longo da graduação, atividades práticas. Destacando docente que demonstram que, para ele, a prática não é apenas o momento de aplicar a teoria, mas a oportunidade que os acadêmicos em formação têm para refletir, elaborar idéias, de forma que o seu construto teórico não seja resultante apenas de uma assimilação de conteúdos seguida de treinamento prático (estágio), mas fruto de ação-reflexão-ação. As práticas deveriam ser entendidas como meios inspiradores de reflexão e produção de conhecimento, mas entretanto não se pode esquecer as hierarquias e a conseqüente postura autoritária de alguns docentes com formação nas áreas das ciências da saúde, cabendo, portanto, à universidade, a busca de campos mais favoráveis ao compartilhamento dos saberes e práticas. Conclusão: A relação teórico-prático é importante desde o primeiro semestre da graduação em Nutrição independentemente da disciplina, para que os acadêmicos consigam estabelecê-la em todas as suas ações ao longo do curso. Não cabe somente à disciplina de teorias e práticas educativas em saúde e aos seus docentes o papel do despertar da educação enquanto essencialidade da prática profissional, não podendo ser considerada como responsabilidade somente dessa disciplina. A docência nessa disciplina requer do docente mediador e facilitador uma formação específica, que transcende a área de Nutrição e precisa ser obtida na área de ciências humanas ou em áreas que têm interfaces com as ciências humanas, onde os demais docentes devem estar cientes do papel de educador que o Nutricionista exercerá, em qualquer área de atuação.
DA ELABORAÇÃO, SUBMISSÃO. E APRESENTAÇÃO ORAL DOS RESUMOS
Comissão Organizadora
Francisco Mayron Morais Soares
Luciana de Moura Ferreira
Comissão Científica
Bruna Aparecida Melo Batista
Francisco Wesley Souza
Glícia Mesquista Martiniano Mendonça
Kirley Kethellen Batista Mesquita
Maria Laís dos Santos Leite
Maria Sinara Farias
Márcio Silva Gondim
Paulo Cesar Teles Correia Junior
Rafael Pereira
Rebeca Chaves Cruz
Samylle Barbosa Veras Ferro