Introdução: A pandemia por Covid19 vem produzindo repercussões em escala global no cenário social, cultural, econômico e político, cujas dinâmicas exigem adaptações ao que ficou conhecido popularmente como “novo normal”. No que tange a educação, mais especificamente no ensino superior, uma série de adaptações ocorridas, principalmente no âmbito do ensino privado, deu condições de continuidade às aulas na modalidade síncrona. No entanto, o cenário pandêmico e o processo adaptativo ao ensino mediado por tecnologia, têm potencial de afetação nas competências socioemocionais, cujo impacto negativo é percebido pela queda no rendimento dos acadêmicos e, consequentemente, no processo de ensino-aprendizagem. Objetivo: O objetivo deste resumo é analisar as interferências negativas do contexto pandêmico nas competências socioemocionais e, por conseguinte, no desempenho acadêmico de estudantes do ensino superior da Faculdade FIED/UNINTA. Para tanto, nosso foco central são as relações entre pandemia, competências socioemocionais, ensino síncrono e suas implicações no cotidiano discente. Método: Esta discussão é parte de uma pesquisa mais ampla, em desenvolvimento, que analisa o uso das metodologias ativas no processo de ensino-aprendizagem da educação superior, sua apreciação ética está registrada com CAEE de nº 40762620.0.0000.5534. Neste recorte, especificamente, utilizamos os dados de campo adquiridos mediante a aplicação de questionários por meio da plataforma Google Forms com 235 estudantes, e a observação participante realizada tanto pelo professor responsável como pelos alunos participantes da pesquisa, que está vinculada ao Programa de Iniciação Científica da FIED, no sentido de realização de análises quantitativas e qualitativas. O cruzamento dos dados de campo com as reflexões de estudiosos das competências socioemocionais, e suas relações com o processo de ensino-aprendizagem nos permitem apontar algumas questões. Resultados: Como desenlace, dispõe-se de dados representativos de habilidades socioemocionais que tiveram índices maiores de atuação negativa durante o contexto pandêmico, apresentando percentuais entre 55% a 74% de discentes que relatam sentimentos de ansiedade, esgotamento, desânimo e irritação, além de constatações autoavaliativas de menor aprendizado, julgando como não satisfatório o desempenho acadêmico obtido a partir do modelo síncrono de ensino remoto. Ademais, os registros dos diários de campo, bem como os relatos discentes nesse mesmo contexto, evidenciam prejuízos no processo de ensino-aprendizagem e no desempenho cognitivo, fazendo-se notar que indivíduos submetidos ao isolamento social estão mais suscetíveis a apresentar transtornos de saúde mental, devido à privação e contenção social, surgindo sintomas de sofrimento psíquico, em especial, relacionado ao estresse, ansiedade e depressão. Conclusões: Portanto, diante dos dados obtidos nas empreitadas metodológicas e discussões, percebeu-se que as emoções geradas pela pandemia atuam em contexto consequencial ocasionando desconforto e queda de rendimento acadêmico. Ressalta-se ainda que o aprendizado de conteúdos curriculares não envolve apenas competências ligadas ao raciocínio e à memória, mas exige também motivação e habilidades de controle da ansiedade e emoções.
DA ELABORAÇÃO, SUBMISSÃO. E APRESENTAÇÃO ORAL DOS RESUMOS
Comissão Organizadora
Francisco Mayron Morais Soares
Luciana de Moura Ferreira
Comissão Científica
Bruna Aparecida Melo Batista
Francisco Wesley Souza
Glícia Mesquista Martiniano Mendonça
Kirley Kethellen Batista Mesquita
Maria Laís dos Santos Leite
Maria Sinara Farias
Márcio Silva Gondim
Paulo Cesar Teles Correia Junior
Rafael Pereira
Rebeca Chaves Cruz
Samylle Barbosa Veras Ferro