Introdução: A pandemia decorrente do SARS-CoV-2 se constitui como um dos eventos de saúde pública mais impactante no Brasil e no mundo, decorrente das inúmeras consequências e aflições ocasionadas em nossa sociedade. No país, este cenário interferiu diretamente no processo educacional da formação dos cursos da saúde, este fator exigiu uma remodelação de emergência, demandando atenção e diálogo ágil entre educadores, gestores e sociedade. Desta forma, faz-se necessário implementar metodologias eficazes para manter a qualidade do processo ensino-aprendizagem. Na enfermagem, estudos demonstram a simulação realística como estratégia de ensino efetiva e inovadora, capaz de fornecer melhores oportunidades de aprendizagem e treinamento, além de ampliar as relações entre a teoria e a prática do corpo discente em um ambiente seguro. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicas de enfermagem durante o processo de planejamento e implementação de uma simulação realística sobre imunização infantil, como estratégia de aprendizagem no ensino remoto. Método: Tratou-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado em março de 2021 por acadêmicas do curso de Enfermagem da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, durante aulas remotas da disciplina Processo de Cuidar em Saúde da Criança e do Adolescente. Embasou-se a simulação realística no calendário de vacinação 2020 e no Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação do Ministério da Saúde, sendo guiada por uma docente do curso, via Google Meet. Participaram da aula remota, seis discentes, no qual criaram e executaram situações clínicas do calendário vacinal, em dupla. Resultados: A simulação realística aqui relatada foi protagonizada por uma das duplas presentes na aula. Abordou-se: Funcionamento da sala de vacina; Simulação da técnica de administração de vacinas; Aprazamento. A dupla dividiu-se entre executar o papel da enfermeira e o da mãe da criança, utilizando uma boneca para simular a criança. Esta, por sua vez, era do sexo masculino, tinha a faixa etária de 15 meses, pesava 12 kg, e não tinha tomado as vacinas dos 12 meses. Desse modo, na simulação, ocorreu a administração das seguintes vacinas: Reforço da Pneumocócica 10 V; reforço da Meningocócica C; Tríplice Viral; Varicela; DTP; VOP; Hepatite A. Durante a execução da técnica enfatizou-se de forma oral as vias, doses, quantidade e locais de administração de cada vacina. Após a administração, a mãe foi orientada quanto à possibilidade de reações adversas, enfatizando a importância de esta relatar à Unidade Básica de Saúde o seu aparecimento, bem como o aprazamento das vacinas futuras, mencionando a importância de manter o cartão de vacina sempre atualizado. Ademais, a enfermeira preencheu o cartão de vacina da criança e a ficha de vacinação e-sus no formato PDF no Software Adobe. Conclusão: A simulação realística é uma técnica capaz de amenizar as perdas práticas dos alunos de enfermagem, decorrente da ausência dos estágios em unidades de saúde, devido a pandemia COVID-19, pois sua implementação favorece o debate e raciocínio clínico, bem como o treinamento das técnicas de enfermagem, possibilitando a interlocução entre o ensino teórico-prático.
DA ELABORAÇÃO, SUBMISSÃO. E APRESENTAÇÃO ORAL DOS RESUMOS
Comissão Organizadora
Francisco Mayron Morais Soares
Luciana de Moura Ferreira
Comissão Científica
Bruna Aparecida Melo Batista
Francisco Wesley Souza
Glícia Mesquista Martiniano Mendonça
Kirley Kethellen Batista Mesquita
Maria Laís dos Santos Leite
Maria Sinara Farias
Márcio Silva Gondim
Paulo Cesar Teles Correia Junior
Rafael Pereira
Rebeca Chaves Cruz
Samylle Barbosa Veras Ferro