IMPACTO PSICOLÓGICO PARA OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19
Resumo
Introdução: Este trabalho tem como objetivo trazer uma reflexão sobre os impactos psicológicos e a relevância do autocuidado para profissionais de saúde que estão atuando na linha de frente durante pandemia do novo coronavírus (COVID-19) que em 07 de abril de 2021 já havia ocasionado a morte de mais de 345 mil de pessoas no Brasil e de 2,9 milhões de pessoas no mundo (Google Notícias, 2021). Sobre a questão Schmidt et al. (2020) destaca a relevância de avaliarmos além da saúde física, “o sofrimento psicológico que pode ser experienciado pela população geral e pelos profissionais da saúde envolvidos”. Objetivo: Levantar informações acerca do impacto psicológico que os profissionais de saúde estão vivenciando durante a pandemia da COVID-19 destacando a relevância do autocuidado para promoção da saúde mental. Metodologia: O estudo se trata de uma revisão integrativa da literatura das publicações relacionadas aos descritores autocuidado e pandemia na Scientific Electronic Library Online – SciELO, a busca resultou num total de 108 documentos, após a aplicação do filtros para que se mantivéssemos apenas produções brasileiras e em português chegou-se a um total de 61 documentos que foram analisados quanto aos objetivos, metodologia adotada e resultados, com categorização aos que estavam diretamente relacionados, indiretamente relacionados e não relacionados ao escopo do estudo. Resultados: Dentre os achados da revisão realizada, destaca-se de acordo com Silva et al. (2021) a prevalência geral de ansiedade entre profissionais de saúde neste período de 2020-2021 foi de 35% (IC95%: 29-40). Foi identificado maior risco de ansiedade nas mulheres em relação aos homens (Odds Ratio: 1.64 [IC95%: 1,47-1,84]), e nos enfermeiros, na comparação com médicos (Odds Ratio: 1.19 [IC95%: 1,07-1,33]). Atuar na linha de frente no combate a COVID-19, estar infectado com coronavírus e apresentar doenças crônicas também foram fatores associados com maior risco de ansiedade. (SILVA et al., 2021). Em entrevistas feitas por Horta et al. (2021) foram destacadas as dificuldades que estes profissionais estão passando como: longos plantões sem intervalo, bem como paramentação, pressão e cansaço maiores que os habituais, isolamento no próprio hospital, risco da própria contaminação, temores e culpas relacionada a família. A sobrecarga imposta e a dificuldade em desenvolver estratégias de autocuidado pode acarretar o afastamento de muitos profissionais. Conclusões: Para que os profissionais de saúde possam prestar o melhor atendimento durante esse período, é preciso que haja uma rede de cuidado a estes profissionais e também de autocuidado no que se refere a sua saúde física, mental e emocional. Há uma mobilização social por conta do cenário de adoecimento, luto e receio da contaminação, em que os mais atingidos são esses profissionais que estão diretamente na linha de frente contra o COVID-19, vivendo diariamente sob pressão, angústia, preocupação, ansiedade, medo de se contaminarem com o vírus, transmitir para colegas e familiares, entre outros fatores emocionais, mentais, físicos ou econômicos.
DA ELABORAÇÃO, SUBMISSÃO. E APRESENTAÇÃO ORAL DOS RESUMOS
Comissão Organizadora
Francisco Mayron Morais Soares
Luciana de Moura Ferreira
Comissão Científica
Bruna Aparecida Melo Batista
Francisco Wesley Souza
Glícia Mesquista Martiniano Mendonça
Kirley Kethellen Batista Mesquita
Maria Laís dos Santos Leite
Maria Sinara Farias
Márcio Silva Gondim
Paulo Cesar Teles Correia Junior
Rafael Pereira
Rebeca Chaves Cruz
Samylle Barbosa Veras Ferro