Mário de Andrade missivista: epistolografia e construção da identidade nacional

  • Autor
  • Samara Chiaperini de Lima
  • Resumo
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    O objetivo do trabalho é investigar o papel da correspondência de Mário de Andrade (1893-1945) para a divulgação de seu projeto de construção da identidade nacional e do que denomina “abrasileiramento” das artes e da cultura do país. Nesse sentido, por meio das cartas, Mário convocou jovens poetas e colegas de geração a “devotarem-se” ao Brasil. A correspondência foi veículo essencial para o autor de Macunaíma construir-se e afirmar-se como figura central do modernismo brasileiro. Pode-se notar que na correspondência é desenvolvida a “escrita de si”, desse modo, estudar as cartas de Mário de Andrade implica mergulhar na subjetividade do autor e desvendar suas entrelinhas.  Entende-se as missivas do escritor modernista como uma forma de descentralização de ideias do seu projeto artístico e cultural para outras regiões do país, uma vez que se comunica com intelectuais mineiros e de variados estados do Nordeste, rompendo, assim, com o eixo São Paulo-Rio de Janeiro. Os principais interlocutores analisados serão Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Pedro Nava, Joaquim Inojosa e Luís da Câmara Cascudo.  Para a investigação das cartas, será considerado o conceito de “estruturas de sociabilidade”, de Jean-François Sirinelli, que envolve o estabelecimento de alianças, afinidades, polêmicas, desafetos e a fixação de certas visões como dominantes. O epistolário de Mário de Andrade revela tanto relatos (auto)biográficos, quanto anseios, questionamentos, estudos e trocas de saberes.

  • Palavras-chave
  • Mário de Andrade, correspondência, modernismo brasileiro
  • Área Temática
  • GT6 - Identidades nacionais, a tradição de Pensamento Social Brasileiro e seus críticos
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