Universalismo eurocentrista versus descolonização do negro: Roger Bastide, Guerreiro Ramos e os usos da sociologia do conhecimento para pensar a questão racial.

  • Autor
  • Nikolas G Pallisser Silva
  • Co-autores
  • Alan Caldas
  • Resumo
  • Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o racismo emergiu como uma das principais

    questões para as quais o mundo procurava uma solução. Tendo vivenciado um conflito de

    proporções inéditas, motivado por ideologias de pureza e superioridade racial, tornava-se

    imperativo desenvolver soluções harmoniosas para essa contenda transnacional. Nesse

    contexto, o Brasil e as Antilhas francesas se destacavam como exemplos de integração racial

    aparentemente bem-sucedidos, e o pensamento de dois intelectuais ganhou projeção: Roger

    Bastide e Alberto Guerreiro Ramos. Em meados da década de 1950, ambos apresentaram

    versões mais refinadas de reflexões que já vinham desenvolvendo sobre a chamada “questão

    racial”. Embora partilhassem o mesmo referencial teórico — a sociologia do conhecimento

    — Bastide e Ramos produziram análises e recomendações distintas para o mesmo problema.

    Essas análises e recomendações apareceram no debate público feito pelos dois autores nos

    anos de 1953 e 1954. Assim, valendo-nos de uma hermenêutica e de uma comparação detextos sobre esse debate, este estudo tem por objetivos: (1) examinar as diferentes

    interpretações de uma mesma teoria; (2) analisar seus impactos na compreensão das relações

    sociais racializadas; e (3) comparar as propostas dos autores para combater o racismo em

    escala transnacional.

  • Palavras-chave
  • Guerreiro Ramos; Roger Bastide; Descolonização; Sociologia do Conhecimento;.
  • Área Temática
  • GT13 - Retomando o Pensamento Social Afro-Brasileiro: Por que agora Crítica dos intelectuais negros ao seu lugar no pensamento brasileiro
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O 4º Seminário de Pensamento Social Brasileiro: intelectuais, cultura e democracia, organizado pelo NETSIB-UFES, será realizado entre os dias 2 e 6 de junho de 2025, no formato híbrido. A programação presencial será realizada nas dependências do CCHN-Centro de Ciências Humanas e Naturais da Universidade Federal do Espírito Santo, enquanto a programação virtual será transmitida pelas páginas oficiais do evento no YouTube e pela DoityPlay. Nesta edição contaremos com Conferência de Abertura, Grupos de Trabalho (modalidade virtual) e Conferência de Encerramento. Esperamos retomar o diálogo proposto nas edições anteriores do evento (1º SPSB2º SPSB e 3ºSPSB) que resultaram na publicação de livros oriundos das áreas temáticas presentes anteriormente (Coleção Pensamento Social Brasileiro-Volume 1 Volume 2 Volume 3 Volume 4), publicarmos novos livros oriundos desta edição do evento e que novas conexões possam ser criadas. Com esses sentimentos de alegria e reencontro, lhes desejamos boas-vindas!

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