RESUMO
Introdução: a mamoplastia redutora é um dos procedimentos cirúrgicos mais realizados no Brasil. A intervenção tem por objetivo corrigir o tamanho e assimetria da mama, além de proporcionar melhora na postura, equilíbrio, estética e na qualidade de vida da paciente. No entanto, podem ocorrer algumas complicações no pós-operatório, como seroma, deiscência de sutura e infecções, as quais prejudicam a cicatrização. A Fisioterapia Dermatofuncional, por meio dos recursos terapêuticos e da fotobiomodulação favorece o processo de reparo tecidual. Objetivo: analisar os efeitos da fotobiomodulação fazendo uso de laser e led na cicatriz de mamoplastia, por meio da avaliação clínica, (comprimento da cicatriz e aspecto funcional). Avaliar se a fotobiomodulação previne e ou trata deiscência de sutura, interfere na funcionalidade e mobilidade cicatricial. Material e Métodos: estudo aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Positivo, CAAE: 60161422.7.0000.0093 parecer 5.518.702/2022.Trata-se de um relato de caso realizado com duas voluntárias entre 18 e 39 anos, classificação III de Fitzpatrick, em até 45 dias de pós operatório. As variaveis quantitativas consideradas foram: tempo de pós-operatório em dias; extensão da cicatriz em cm e amplitude do movimento (ADM) de flexão e abdução de ombros em graus (goniometria). As qualitativas: coloração da cicatriz, aspecto das bordas e presença de crosta ou secreção. O protocolo proposto foi tratamento com Laser ASGA 660 nm, pulsado a 20Hz e Led azul caneta 420 nm, aplicação pontual, duas vezes na semana por seis semanas. Resultados: verificou-se a diminuição de até 2 cm da largura e extensão da cicatriz, ganho ADM do ombro em média 40º, obteve-se a melhora na coloração, controle da infecção, da deiscência e formação crosta nas duas participantes. Conclusão: pode-se concluir que a fotobiomodulação é um procedimento viável, seguro para tratar a cicatriz de primeira intenção e que interfere significativamente na funcionalidade e integridade tecidual.