RESUMO
Introdução: a fibrose é uma complicação frequente em pós-operatório de cirurgias plásticas e reparadoras. Está relacionada a um processo cicatricial com o depósito excessivo de componentes da matriz extracelular, o que pode acarretar limitações funcionais, dor e insatisfação. Tratamentos fisioterapêuticos em aderências cirúrgicas têm possibilitado redução do tecido fibroso, melhora da funcionalidade e retorno precoce as atividades de vida diárias. Objetivo: analisar por meio de uma revisão sistemática as abordagens fisioterapêuticas indicadas para a prevenção e tratamento das fibroses e aderências em cicatrizes de primeira intenção. Material e Métodos: as bases de dados utilizadas foram Scielo, PubMed e Lilacs. A qualidade metodológica dos artigos selecionados foi avaliada por meio da escala PEDro, sendo selecionados artigos com escala maior ou igual a 5. Foram filtrados artigos no período de 2011 a 2021, que abordassem tratamentos fisioterapêuticos para aderências e fibroses. Resultados: dos 1251 artigos encontrados, somente 6 atenderam aos critérios de inclusão. O levantamento dos dados evidenciou uma associação entre terapias para o tratamento de fibroses e aderências cicatriciais. Dentre elas estão a liberação miofascial, massagem de cicatriz, liberação cicatricial, o uso de ultrassom terapêutico, LED vermelho, taping e a combinação com a drenagem linfática manual. Conclusão: a associação de técnicas de liberação cicatricial, drenagem linfática manual, taping e eletrotermofototerapia são eficazes para redução da fibrose, dor, edema, além da melhora da mobilidade tecidual e ganho da amplitude de movimento.