A ferida crônica consiste em qualquer interrupção na continuidade de um tecido corpóreo, decorrente de traumas ou de afecções clínicas, que apresenta difícil processo de cicatrização, ultrapassando a duração de seis semanas. Um dos recursos fisioterapêuticos que frequentemente é utilizado no tratamento de úlceras cutâneas é o Laser de Baixa Intensidade (LBI), que confere efeitos fisiológicos em todas as fases de cicatrização. O exercício físico também é considerado uma medida de prevenção e tratamento das doenças vasculares, elencadas como causa das feridas crônicas. O estudo teve como objetivo destacar o impacto da laserterapia associada ou não a exercícios com foco em MMII, no processo de cicatrização de feridas crônicas, na qualidade de vida e na funcionalidade de MMII. Número de CAAE 29854720.2.0000.5064 e número do parecer 4.282.014. O estudo caracterizou-se por um relato de sete casos, com caráter experimental, no qual os participantes foram divididos em dois grupos: G1 (laserterapia) e G2 (laserterapia e exercícios). Após três meses de intervenção, através de uma análise pré e pós intervenção, houve melhora da qualidade de vida, funcionalidade de MMII e tamanho da ferida em todos os pacientes. Dois participantes apresentaram fechamento total da ferida tratada e o restante redução no tamanho. Os pacientes apresentaram variação positiva no score do Lower Extremity Functional Scale – Brasil (média pré intervenção de 33,7 pontos e média de 52,5 pontos pós intervenção). A qualidade de vida foi o parâmetro avaliado com maior evolução em todos os participantes (média pré intervenção 37,7 pontos e média pós intervenção 5,6 pontos). Após o tratamento, os indivíduos relataram grande satisfação e menor preocupação com a ferida. Foi possível concluir que o uso do laser, associado ou não ao exercício físico, mostrou-se como uma técnica efetiva para cicatrização das úlceras crônicas em membros inferiores. Financiado pela Universidade Vila Velha.