Introdução: O endolaser para procedimentos minimamente invasivos tem se destacado no tratamento da flacidez facial, entretanto oferece riscos, estando a queimadura entre eles. Objetivo: Relatar intercorrência de queimadura em mucosa labial após aplicação do endolaser para rugas na região supralabial. Tipo de Estudo: Relato de caso. Metodologia: Voluntária do sexo feminino, 60 anos. Realizou uma sessão de endolaser (Delight®, 1470nm, 4W de potência, modo pulsado, 10Hz, 60%, fibra de 400µm) em região de supralabial com energia total depositada de 125J do lado D e 307J do lado E. A temperatura inicial medida com termômetro de infravermelho foi de 29oC e não ultrapassou 35oC durante o procedimento. Estudo registrado na Plataforma Brasil CAAE: 74453723.8.0000.5154/ Parecer CEP: 6.332.806. Resultados: A terapeuta relatou ter sentido uma fibrose, provocando um desvio no trajeto da fibra. A voluntária se queixou de sensação de queimação na região supralabial E e ao interromper a aplicação foi verificada uma queimadura na parte interna da mucosa, sendo tratada com gelo por 20min, laser vermelho e pomada de corticoide (Triancinolona acetonida 1mg/g), continuou com uso de pomada até resolução do quadro que ocorreu em torno de 5 semanas. Esta voluntária possuía fios de PDO e bioestimulador e relatou parestesia no lábio e terço médio da face no retorno de 60 dias, fez uso de etna 2 cp ao dia por 15 dias e no retorno de 90 dias não apresentava mais queixas. Conclusão: A queimadura é uma intercorrência possível com o endolaser de 1470nm pela sua afinidade com a água, deve ser prevenida e tratada. Peles tratadas com fios de PDO e bioestimuladores previamente devem receber atenção redobrada em função da quantidade de água no tecido. A energia acumulada na área queimada foi alta e demonstrou uma inexperiência do aplicador, bem como a angulação errônea da fibra.