Na graduação somos desafiados, diariamente, com tarefas e atividades, que como alunos do ensino médio não são discutidas nem trabalhadas. Pesquisas apontam (FISCHER, 2007, FIAD, 2011) que os estudantes universitários apresentam dificuldades quanto à leitura e escrita de gêneros específicos da esfera acadêmica. O presente trabalho traz como objetivo verificar se acadêmicos de um curso de Pedagogia sentem dificuldades ao se depararem com a escrita de textos acadêmicos. Os mesmos são voluntários do projeto “Letramento Digital: uso dos recursos tecnológicos e práticas corporais em espaços não-formais”, desenvolvido numa Fundação Geriátrica. Ainda, verificar como os mesmos organizam suas ideias em relação ao assunto que desejam abordar. Diante disso, foi proposta a escrita de um resumo simples observado através das ações executadas no referido projeto. Posteriormente, realizou-se uma pesquisa qualitativa de cunho exploratório, tendo como instrumento um questionário semiestruturado, aplicado em oito voluntários, sendo 87,5% do sexo feminino e 12,5% do sexo masculino, com idades entre 18 e 29 anos. Foi possível constatar que seis acadêmicos admitem que apresentam dificuldades e dois revelaram que não apresentam dificuldades ao escrever o gênero solicitado. Todos dizem apresentar dificuldades para organizar suas ideias, encontrar vocábulos para suas argumentações ou defender seus respectivos pontos de vista. Dos dados emergem que para começar a construir algo consistente, faz-se necessário exercer a leitura e a escrita, específicas do meio acadêmico. Este trabalho apresenta como premissa principal a necessidade de que a universidade ofereça oportunidades constantes de leitura e de produção de escrita aos estudantes, para que eles atribuam significado a elas.
Comissão Organizadora
SIEPEX-UERGS
Adriana Leal Abreu
Diego dos Santos Chaves
Fabiano Perin Gasparin
Alexandro Cagliari
Carla Gonçalves Dellagnese
Viviane Maciel Machado Maurente
Andréa Miranda Teixeira
Celso Maciel da Costa
Comissão Científica