As habilidades para organizar, planejar e executar as atividades de estudo não são inerentes aos estudantes. O desenvolvimento da autonomia nos estudos depende, entre outros fatores, do estímulo das famílias e das escolas. O presente relato apresenta resultados de uma pesquisa que teve como objetivo investigar a eficácia de Oficinas de Estudo como metodologia de aprendizagem ativa que se utiliza dos conhecimentos gerados pelas Neurociências, e seus reflexos na organização dos estudantes. Para isso, foram realizadas dinâmicas, correspondentes às Oficinas, com estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental e suas famílias, em um colégio privado em Santa Cruz do Sul, RS. A atividade de pesquisa contou com aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos da Uergs. As Oficinas foram desenvolvidas em aulas das disciplinas de Matemática e História e abordaram a rotina dos estudantes, hábitos e diferentes técnicas de estudo. Após a realização das atividades, os estudantes participantes e suas famílias preencheram questionários avaliativos. O principal resultado obtido foi que 77% dos estudantes e 63% das famílias perceberam melhora no rendimento escolar após a participação nas atividades propostas. Também se comprovou que 89% dos estudantes seguiram totalmente ou parcialmente a Tabela de Horários como instrumento de organização. Sendo assim, considera-se relevante a contribuição das Oficinas de Estudo realizadas para o desenvolvimento da autonomia dos estudantes. Sugere-se a realização das Oficinas também para estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, para que sejam propiciados momentos de reflexão e formação sobre hábitos e métodos de estudo para o maior número de estudantes possível.
Comissão Organizadora
SIEPEX-UERGS
Adriana Leal Abreu
Diego dos Santos Chaves
Fabiano Perin Gasparin
Alexandro Cagliari
Carla Gonçalves Dellagnese
Viviane Maciel Machado Maurente
Andréa Miranda Teixeira
Celso Maciel da Costa
Comissão Científica