A incidência de doenças fúngicas é um dos principais problemas na produção de uvas em Santana do Livramento-RS. As principais práticas fitossanitárias adotadas para corrigir este problema são a utilizada de fungicidas químicos e as caldas fitoprotetoras como a calda bordalesa. Entretanto, estas práticas vem se constituindo um problema agrícola e ambiental na Serra Gaúcha, devido a toxidez de cobre às plantas e animais bem como a contaminação do solo e a água pelo cobre, devido a utilização discriminada durante várias décadas. Em função do exposto, foi realizado um trabalho com o objetivo de avaliar a resposta de mudas de videiras a adubação com cobre em duas classes de solos em Santana do Livramento. Foi utilizado o delineamento de blocos ao acaso com 4 repetições. O experimento fatorial 2x5, consistiu de duas classes de solos (Neossolo e Argissolo Vermelho) e cinco doses de cobre (0, 15, 30, 60 e 120 mg Kg-1) aplicados no solo na forma de sulfato de cobre. As características respostas avaliadas foram a área superficial específica, massa verde e seca foliar e o os teores de cobre no tecido foliar. Os resultados demonstraram que no solo Argissolo houve resposta linear negativa dos parâmetros avaliados (área superficial especifica, massa verde e massa seca foliar) com o aumento das doses de cobre. Já no solo Neossolo houve uma resposta quadrática dos parâmetros avaliados as doses de cobre utilizadas. Em ambos os solos, houve uma resposta linear positiva dos teores de cobre no tecido foliar com o aumento da doses de cobre utilizadas. Conclui-se que a resposta das mudas de videiras aos teores de cobre no solo varia de acordo com os teores de argila e matéria orgânica do solo, sendo o solo Argissolo mais suscetível a toxidez do cobre, bem como a contaminação do solo e da água.
Comissão Organizadora
SIEPEX-UERGS
Adriana Leal Abreu
Diego dos Santos Chaves
Fabiano Perin Gasparin
Alexandro Cagliari
Carla Gonçalves Dellagnese
Viviane Maciel Machado Maurente
Andréa Miranda Teixeira
Celso Maciel da Costa
Comissão Científica