As acículas de Pinus spp. formam espessas camadas de serrapilheira sobre o solo, que pode inibir o crescimento de outras espécies vegetais. Na região Sul tem-se 1.500.000 hectares(ha) de reflorestamento com esta espécie, enquanto há aproximadamente 2.000.000 ha em todo o Brasil. As acículas têm efeitos alelopáticos sobre a germinação de outras plantas e este projeto de ensino desenvolvido na disciplina de Química Ambiental objetivou investigar como se dá este efeito, inter-relacionando com outros conteúdos teóricos para aprimorar a produção textual dos futuros gestores ambientais através da redação de um artigo de revisão bibliográfica. Utilizou-se a expressão composição química de pinus como descritor. Um estudo preliminar foi realizado a campo através da observação de florestas plantadas de Pinus elliottii e P. taeda no município de São Francisco de Paula/RS. Os resultados da revisão bibliográfica mostram que produtos metabólicos secundários das plantas variam em qualidade e quantidade conforme a espécie. Os efeitos inibitórios de resinas fenólicas hidrossolúveis, na germinação e crescimento de sementes de alface (Lactuca sativa) e outros dados revisados na literatura corroboram efeitos alelopáticos herbicida e inseticida em ensaios conduzidos in vitro. Contudo, consideramos que os resultados ainda são incipientes para afirmar que apenas a alelopatia influencie negativamente no desenvolvimento de outras espécies próximas a pinus, já que fatores observados a campo, como o adensamento excessivo, a competição por luz, água, nutrientes e outros também parecem interferir. Para testar a hipótese serão delineados experimentos controlados a campo. O estudo direcionado de bibliografias relacionadas, as leituras mediadas, discussão e aprimoramento da produção textual científica sob orientação da professora se revelaram importantes para os futuros Gestores Ambientais. Buscar conhecimentos específicos em Química Ambiental, nos incitou a entender melhor a dinâmica das florestas plantadas e suas interações ecológicas para um melhor aproveitamento do seu potencial econômico e energético, buscando a sustentabilidade.
Comissão Organizadora
SIEPEX-UERGS
Adriana Leal Abreu
Diego dos Santos Chaves
Fabiano Perin Gasparin
Alexandro Cagliari
Carla Gonçalves Dellagnese
Viviane Maciel Machado Maurente
Andréa Miranda Teixeira
Celso Maciel da Costa
Comissão Científica