A geração de resíduos sólidos é um problema que vem preocupando especialistas, especialmente sobre os riscos à saúde e ao meio ambiente. As técnicas de tratamento adequado de resíduos e economia circular são incipientes no Brasil, pois o principal destino para grande parte dos resíduos ainda são aterros sanitários. Devido a isto, este trabalho teve como objetivo quantificar o destino final de resíduos gerados em 33 municípios da Serra Gaúcha, gerando um panorama geral da situação em relação aos cinco principais resíduos gerados na Serra nos anos de 2014 e 2015. Para este fim, foram analisados dados fornecidos pela FEPAM contendo informações sobre os resíduos gerados por empresas licenciadas e seu destino. Como resultado, obteve-se o valor total de resíduos gerados nos municípios estudados por classe (I e II) e em diferentes unidades de medida (toneladas, metros cúbicos e litros), facilitando a análise dos dados. Também foram revelados os 5 principais resíduos classe I e II produzidos nos 33 municípios estudados, sendo eles respectivamente, resíduos de vidro, sucata de metais ferrosos, resíduo vegetal, resíduo solido de ETE com material biológico e resíduo orgânico de processo para os classe II e lodo perigoso de ETE, resíduo de tinta e pigmentos, pós metálicos, escória de fundição e resíduo têxtil contaminado para os classe I, além de os principais destinos para cada resíduo citado. Deste modo foi possível observar que mais de 50% dos resíduos possuem dados incompletos, não indicando o destino de forma completa, o que dificulta o rastreamento dos mesmos. Com isso, verificamos que pouco se inova com relação a soluções e tecnologias para o descarte definitivo dos mesmo, demostrando que ainda existe um mercado inexplorado de oportunidade para empreendedores e prestadores de serviço da área ambiental.
Comissão Organizadora
SIEPEX-UERGS
Adriana Leal Abreu
Diego dos Santos Chaves
Fabiano Perin Gasparin
Alexandro Cagliari
Carla Gonçalves Dellagnese
Viviane Maciel Machado Maurente
Andréa Miranda Teixeira
Celso Maciel da Costa
Comissão Científica