A contaminação de mananciais hídricos afeta diretamente organismos que necessitam desta fonte para sobrevivência. Diante desta problemática, o presente estudo avaliou a toxicidade aguda em Astyanax bimaculatus expostas a diferentes concentrações de cobre. A contaminação dos recipientes ocorreu a partir do preparo de uma solução padrão de sulfato de cobre. Utilizou-se como organismos-teste 60 exemplares Astyanax bimaculatus e outros 60 de Cyprinus carpio, que foram inicialmente aclimatados em condições de laboratório sob qualidade da água controlada. Para Astyanax bimaculatus as concentrações testadas foram: 0,10; 0,15; 0,20 e 0,50 mg L-1, enquanto que para Cyprinus carpio as concentrações foram: 0,25; 0,50; 0,75 e 1 mg L-1. As concentrações de cobre foram avaliadas em três réplicas, contendo cada uma 10 L e 5 peixes. Os ensaios realizados ocorreram sob condição estática, durante o período de 48 h. O método estatístico utilizado foi Probit, no software Statgraphics 18 Centurion e o valor de p ?0,05. As análises demonstraram que para Astyanax bimaculatus, a CL50(48h) do sulfato de cobre é de 0,12 mg L-1 e para Cyprinus carpio é de 0,42 mg L-1. Para C. carpio, a letalidade de 100% dos indivíduos ocorreu em concentrações acima de 1 mg L-1 e para A. bimaculatus as concentrações foram acima de 0,50 mg L-1. Mudanças comportamentais em ambas as espécies foram observadas, sendo as principais: sinais de hipóxia, imobilidade, nado inclinado, perda de noção espacial e mudanças quanto a agressividade dos animais. As espécies A. bimaculatus e C. carpio se mostraram boas indicadoras de contaminação ambiental pelo cobre, contudo, a espécie A. bimaculatus mostrou-se mais sensível às dosagens do cobre do que C. carpio. Assim, concluiu-se que o sulfato de cobre é capaz de causar toxicidade nas duas espécies testadas, devendo ser realizados mais estudos em longo prazo.
Comissão Organizadora
SIEPEX-UERGS
Adriana Leal Abreu
Diego dos Santos Chaves
Fabiano Perin Gasparin
Alexandro Cagliari
Carla Gonçalves Dellagnese
Viviane Maciel Machado Maurente
Andréa Miranda Teixeira
Celso Maciel da Costa
Comissão Científica