Os fatores mais limitantes para a cultura de gérbera são o manejo nutricional e fitossanitário, já que afetam substancialmente a qualidade final da planta. A incidência de agentes patogênicos levou ao aumento do uso de pesticidas nos últimos anos, resultando na resistência de muitos destes agentes. Além disso, há um mercado restrito de produtos fitossanitários recomendados para uso em viveiros de plantas ornamentais. O trabalho foi conduzido com o objetivo de avaliar a ação dos óleos essenciais no cultivo de gérbera envasada. O experimento foi conduzido em casa-de-vegetação, utilizando o delineamento inteiramente casualizado, com 6 tratamentos e 5 repetições. Foram utilizados os seguintes tratamentos: 1- água deionizada – testemunha, e soluções com óleo essencial de (2) tomilho, (3) canela, (4) capim-limão, (5) hortelã-pimenta e (6) melaleuca, diluídos a 1% em álcool de cereais. Para a aplicação, utilizou-se 1 mL do óleo 1% diluído em 1000 mL de água deionizada, pulverizado na parte aérea da planta, uma vez por semana. As plantas foram avaliadas semanalmente quanto ao diâmetro foliar, número total de folhas, número de folhas afetadas por doenças e atribuição de notas quanto a severidade da doença. Os tratamentos não influenciaram significativamente no diâmetro foliar, nota e número de folhas. Durante o período do experimento, todas as plantas foram infectadas com oídio e na fase final do ciclo, observou-se a dimuição do número de folhas afetadas nas plantas tratadas com o óleo essencial de capim-limão. As inflorescências das plantas tratadas apenas com água demonstraram uma maior vulnerabilidade ao oídio. Concluí-se então que o óleo essencial de capim-limão teve o melhor resultado no controle do oídio foliar e a aplicação de todos os óleos essenciais preveniu o aparecimento de fungos nas inflorescências.
Comissão Organizadora
SIEPEX-UERGS
Adriana Leal Abreu
Diego dos Santos Chaves
Fabiano Perin Gasparin
Alexandro Cagliari
Carla Gonçalves Dellagnese
Viviane Maciel Machado Maurente
Andréa Miranda Teixeira
Celso Maciel da Costa
Comissão Científica