Neste estudo são demonstradas as transformações no espaço e tempo na região dos Campos de Altitude que abrange os municípios de Cambará do Sul, Caxias do Sul, Jaquirana, São Francisco de Paula e São Marcos. Análise realizada por meio de imagens de satélite dos anos de 1985, 2008 e 2017. O alto valor da produção agrícola na região dos Campos de Altitude trouxe consigo, de forma significativa, a supressão de vegetação de campo nativo para implantação de lavouras e silvicultura. No ano de 2006, foi publicada a Lei Federal nº 11.428 que regula a utilização e a proteção da vegetação nativa no Bioma Mata Atlântica. Em 2008, foi promulgado o Decreto nº 6.660 que regulamentou a Lei da Mata Atlântica, estabelecendo o limite máximo de supressão de até 2 hectares ano para pequenos produtores rurais. Somente em 2010, o CONAMA sancionou a Resolução nº 423 e definiu parâmetros para identificação e classificação da vegetação nativa dos Campos de Altitude. Considerando-se tais parâmetros, esta pesquisa tem o objetivo geral classificar o uso do solo dos Campos de Altitude do Rio Grande do Sul utilizando imagens dos satélites Landsat 5 e 8, para classificação de seis classes de uso do solo sendo elas: campo nativo, área urbana/pavimentação, silvicultura, mata nativa, lavoura e corpos hídricos e como objetivos específicos propor medidas legais para conservação e utilização deste ecossistema. Como resultados após a classificação de cobertura do solo, às áreas de campo nativo, durante o período de 1985 a 2017, obtiveram uma diminuição expressiva. Registrando uma perda de 68.521,14 hectares de campo, totalizando mais de 20% da cobertura existente em relação ao ano de 1985. As áreas ocupadas por lavouras, no período entre 2008 e 2017, tiveram um aumento de mais de 20 mil hectares, abrangendo áreas ocupadas anteriormente por campo nativo.
Comissão Organizadora
SIEPEX-UERGS
Adriana Leal Abreu
Diego dos Santos Chaves
Fabiano Perin Gasparin
Alexandro Cagliari
Carla Gonçalves Dellagnese
Viviane Maciel Machado Maurente
Andréa Miranda Teixeira
Celso Maciel da Costa
Comissão Científica