BIODEGRADAÇÃO DE ÁCIDO ACETILSALICÍLICO EMPREGANDO BIOFILME DE Rhizopus oryzae SUPORTADO EM ESPONJAS DE POLIURETANO

  • Autor
  • Paola Tosi Cruz Guasselli
  • Co-autores
  • Cristiane Cassales Pibernat , Lilian Raquel Hickert , Lucia Allebrandt da Silva Ries
  • Resumo
  •  

    Nas últimas décadas, tem se intensificado a preocupação pela presença de fármacos nos ambientes aquáticos. Tal fato se deve ao aporte crescente e contínuo destes compostos no meio ambiente, e pela elevada persistência dos mesmos, cujos efeitos ainda são pouco conhecidos. Os tratamentos convencionais de água e esgoto não são eficazes na remoção de tais contaminantes, sendo necessário o desenvolvimento e a implementação de tecnologias mais avançadas, eficientes e econômicas para o tratamento de efluentes industriais e residenciais, antes do lançamento destes no meio ambiente. Estudos envolvendo o emprego de carvão biologicamente ativado no tratamento de água e esgoto vêm demonstrando resultados satisfatórios. Contudo, o emprego de carvão ativado encarece o processo. Nesse contexto, o presente trabalho apresenta como proposta avaliar a formação de biofilme do fungo Rhizopus oryzae suportado em esponjas de poliuretano, para posterior biodegradação do ácido acetilsalicílico, estabelecendo um paralelo com o desempenho apresentado pelo carvão biologicamente ativado, em condições de laboratório. Estima-se que mais de 10.000 toneladas deste fármaco sejam consumidas nos EUA a cada ano, tornado este composto um importante micropoluente emergente. Os resultados obtidos, até o momento, evidenciaram o desenvolvimento de um biofilme de Rhizopus oryzae, com produção ótima de biomassa em sete dias de incubação, empregando o meio de cultivo Yes. Fatores como densidade, rugosidade, porosidade e forma do suporte, assim como a própria composição do meio afetam a velocidade de formação e a estrutura do biofilme, proporcionando aumento na concentração de nutrientes e um ambiente de proteção para a acomodação do fungo, gerando, por consequência, uma alteração no potencial de metabolização do microrganismo. Assim, o emprego de esponjas de poliuretano como suporte para o crescimento de biofilme, pode converter-se em uma alternativa simples, eficiente e de baixo custo para a remoção do ácido acetilsalicílico em estações de tratamento de água e esgoto.

  • Palavras-chave
  • Ácido acetilsalicílico, biofilme, Rizopus oryzae, carvão biologicamente ativado, esponjas de poliuretano, tratamento de água e esgoto
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Ciências Exatas - Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia
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