A produção de serrapilheira(PS) pode ser uma boa indicadora relativa da produtividade primária líquida florestal e,assim, ser aplicado à restauração ecológica de áreas degradas, manejo de agroflorestas e florestas. Neste trabalho, avaliamos comparativamente a magnitude da PS em diferentes estágios de regeneração florestal, conforme definidos para o Estado do Rio Grande do Sul (RS) na Resolução do CONAMA n. 33/1994). Este estudo está sendo realizado na localidade do Caconde, Rolante, RS, que é abrangida pela região fitoecológica da Floresta Estacional Semidecidual Montana. Para avaliar a cronossequencia dos estágios de sucessão ecológica florestal, utilizamos como base a idade de formação da vegetação conhecida por moradores locais. Instalamos em dezembro de 2017 um total de 48 coletores de serrapilheira com estrutura de madeira e uma tela de nylon 2mm de malha com superfície de 0,3m2. Os coletores foram distribuídos nos Estágios Iniciais (7 coletores, respectivamente, nas Capoeiras com 5 anos e 7 anos), 10 coletores no Estágio Médio, 8 no Avançado e 10 no Maduro (ou antigo secular). As coletas têm sido realizadas aproximadamente com periodicidade mensais, quando a PS é seca (600C) e pesada. Os resultados preliminares da PS do primeiro semestre de 2018 indicam que a quantidade anual da PS ao longo da sucessão ecológica apresenta uma tendência de incremento em toneladas por hectare por ano (Mg ha-1 ano-1) de 2,5 nos Estágios Iniciais, 5,3 no Estágio Médio, 6,5 no Avançado e 7,7 no Maduro (ou antigo secular), expressa em uma equação logarítimica onde a PS= 2,05 ln (anos)-1,43. Estes resultados são coerentes com o esperado nas florestas atlânticas brasileiras em estágios avançados e maduros conforme a bibliografia (6 a 11 Mg ha-1 ano -1 ), porém são escassas as informações para os estágios iniciais e médios.
Comissão Organizadora
SIEPEX-UERGS
Adriana Leal Abreu
Diego dos Santos Chaves
Fabiano Perin Gasparin
Alexandro Cagliari
Carla Gonçalves Dellagnese
Viviane Maciel Machado Maurente
Andréa Miranda Teixeira
Celso Maciel da Costa
Comissão Científica