AS CAUSAS DE ALTO RISCO NAS PARTURIENTES EM UMA MATERNIDADE DE REFERÊNCIA DA AMAZÔNIA
Introdução: Segundo o Ministério da Saúde (2001) historicamente o parto é um evento natural. A gravidez e o parto são eventos sociais que integram a vivência sexual e reprodutiva de homens e mulheres. É um processo único, uma experiência especial no universo da mulher. Os profissionais de saúde são coadjuvantes desta experiência e é onde têm a oportunidade de colocar seu conhecimento a serviço do bem-estar da mulher e do bebê, reconhecendo os momentos críticos em que suas intervenções são necessárias para assegurar a saúde de ambos1. Gestação de Alto Risco é “aquela na qual a vida ou a saúde da mãe e/ou do feto e/ou do recém-nascido têm maiores chances de serem atingidas que as da média da população considerada”, podendo ser identificado pelo profissional durante o pré-natal, com a realização da anamnese, do exame físico e também da visita domiciliar2. Apesar de nas últimas décadas ter-se dado prioridade à saúde da mulher e da criança no Brasil, ainda tem sido constatado que o número de mortes de mulheres e crianças por complicações da gravidez, parto e puerpério ainda permanece elevado3. Objetivo: Identificar as principais causas de alto risco nas parturientes de uma maternidade de referência na Amazônia. Método: Estudo do tipo descritivo de cunho qualitativo e quantitativo realizado através do levantamento de fonte secundária junto aos prontuários de mulheres que tiveram gravidez de alto risco com seu parto realizado na Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPa). O presente estudo foi submetido à avaliação e aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Pará com número de parecer do CEP 498.007, CAAE: 21468013.0.0000.0018. Resultados: O estudo apresenta a descrição quantitativa das seis principais causas de alto risco que as parturientes apresentaram. Com ele, pode-se observar que do total de 880 partos de alto risco as causas mais prevalente foram de parto pré-termo 339 (38,52%), seguido de ITU (18,86%), e o menos incidente foi o parto com Rotura Prematura de Membranas Amnióticas (roprema) com 51(5,80%). As demais foram Infecções do Trato Urinário, parturiente primípara, Doença Hipertensiva Específica da Gravidez e anemia. O nascimento pré-termo é o que ocorre com menos de 37 semanas de gestação, de forma espontânea (trabalho de parto prematuro) ou por indicação médica por problemas da mãe ou do feto. A vaginose bacteriana também chamada de leucorréia é a infecção mais frequentemente diagnosticada na gestação e pode estar associada a resultados obstétricos desfavoráveis e que a vaginose bacteriana esteve relacionada significativamente com parto pré-termo, e também que dentre os fatores responsáveis pela ocorrência de parto prematuro, encontra-se os extremos etários, abaixo de 17 e acima de 35 anos. No estudo foi verificado que a ocorrência de parto prematuro foi nas gestantes que tinham 15, 17, 23 e 28 anos4. Conclusão e Contribuições para Enfermagem: Conclui-se que o fator de alto risco maior foi o nascimento pré-termo. Portanto, com a realização de um pré-natal eficaz para identificação das intercorrência e o tratamento adequado, a gestação e o parto podem ocorrer de forma saudável e tranquila. Para uma boa atuação do enfermeiro as etapas da SAE devem ser realizadas de forma adequada, para que sejam identificados os principais problemas da parturiente e assim prestar assistência com seus embasamentos científicos, além de direcionar a equipe técnica em seus procedimentos. Neste sentido, o enfermeiro deve atuar de forma mais ativa e utilize estratégias para que a gestante de alto risco seja atendida diferenciadamente da de baixo risco, de maneira integralizada.
A Programação da 83ª Semana Brasileira de Enfermagem (SBEn) com o tema central A Enfermagem no contexto pandêmico pela COVID-19: que lições aprendemos?
A ABEn reafirma a importância da reflexão sobre o impacto da pandemia na sociedade brasileira e mundial e congrega esforços para propor uma reflexão profunda sobre o contexto atual e o futuro dos distintos cenários de atuação da Enfermagem.
A importância do trabalho da Enfermagem no enfretamento da pandemia da Covid-19 foi (e é) incontestável. Os desafios impostos durante todo o período pandêmico trouxeram à vista da sociedade brasileira as condições da profissão. Vivenciamos modificações nas formas de ensinar, gerenciar, pesquisar, cuidar e participar de movimentos políticos, associativos e sociais. Tais modificações devem ser debatidas, em especial, as respostas que construímos para os desafios e como poderemos, a partir das lições aprendidas, avançar para melhoria das condições da profissão no cenário da saúde. A pandemia da Covid-19 evidenciou que a Enfermagem enfrenta e enfrentará um contexto pós-pandêmico de grande complexidade e que é necessário nos preparar, refletindo sobre temas que emergiram ou que foram agravados, como: os processos comunicacionais, o acesso, a saúde mental, o enfrentamento de vulnerabilidades, as ações de promoção de saúde, os processos de trabalho, entre outros. O tema da 83ª SBEn foi desenvolvido a partir dos seguintes eixos aglutinadores de debates, mobilizações e participação de profissionais e estudantes de enfermagem:
EIXO 1- Modificações impactantes para a Enfermagem diante do contexto
pandêmico.
EIXO 2- Como a Enfermagem enfrentará o contexto pós-pandêmico?
Neste ano, os textos de apoio foram elaborados por associados da ABEn, representantes dos distintos departamentos e comissões, de modo a contribuir com a construção coletiva do debate.” (1)
A ABEn seção Pará realiza pela 3° vez a SEBEn com publicações de trabalhos científicos em anais. a edição contou com trabalhos submetidos nos dois eixos temáticos, os quais refletiram as lições aprendidas pela enfermagem no âmbito do ensino, assistência, gestão e prevenção da covid-19.
A reflexão teórica retroalimenta a prática, deixando como legado as lições aprendidas para norteiam o processo de trabalho da enfermagem em suas distintas dimensões.
1. Brasileira Enfermagem A DE, Acioli de Oliveira S, Regina Cubas M, Geral Sonia Maria Alves S, Vieira Cavalcante Carvalho I, Aparecida Barbosa D, et al. A ENFERMAGEM NO CONTEXTO PANDÊMICO PELA COVID-19: QUE LIÇÕES APRENDEMOS? CADERNO DE DICAS SUMÁRIO 83 a SEMANA BRASILEIRA DE ENFERMAGEM Lenilma Bento de Araújo Menezes.
DISPONÍVEL NO LINK: https://doity.com.br/83sbenabenpa2022/artigos
Comissão Organizadora
ABEn Pará
WILLIAM DIAS BORGES
Comissão Científica
EUDES JOSÉ BRAGA JUNIOR
LARISSA JHENIFER COSTA TAVARES
VALÉRIA PINTO RODRIGUES
abensecaopara@gmail.com
LINK DOS ANAIS DO I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS) - ABEn PA:
https://doity.com.br/anais/icopenfabenpa
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LINK DOS ANAIS 82ª SBEn ABEn PA: