Este artigo tem como objetivo apresentar uma proposta inicial de identificação e mapeamento das experiências de produções em jornalismo na internet, a partir das periferias de Teresina capital piauiense. Entendendo a periferia não apenas como um lugar geográfico, mas como uma identidade social, este trabalho nos levou à identificação de quatro experiências: Ocorre Diário, Fala Dirceu, BSM Notícias e STM Web TV. Para tanto, optou-se por realizar o mapeamento através de uma pesquisa exploratória, utilizando rede social FaceBook como ferramenta de busca.
Na tentativa de compreender e ampliar os estudos sobre perferia e as experiências jornalísticas produzidas nesses espaços, físicos e culturais, nos valemos de teóricos como Pierre Lévy (1999) e Jean Baudrillard (1998) com a intenção de pensar a expansão da internet nas sociedades modernas.
Ainda sobre as marcas dessa expansão, aprofundamos os estudos com dados e pesquisas de Recuero (2000), que chama atenção para um dos impactos do boom produzido pela internet na relação de consumo de informação.
Na construção desse artigo lançamos mão de uma pesquisa exploratória, onde realizamos um mapeamento baseado em questionários estruturados, no sentido de capturar fatos rotineiros, ativos e retroativos, do processo de comunicação nas periferias da capital piauiense.
Em outro momento buscou-se compreender o que seria periferia e como mapear a mesma em Teresina. Como ponto de partida ousou-se o teórico de José de Souza Martins como suporte para entender as marcas que diferem o que é subúrbio e periferia no contexto geopolítico das cidades.
No presente artigo discorremos as experiências de jornalismo periférico e as ideias sobre coleta, análise e transmissão de informações segue no sentido da experiência a partir extremidades para o centro. Esse mapeamento tem como intuito reconhecer a importância da produção periférica na produção de outras narrativas e olhares sobre a cidade de Teresina, uma vez que imprensa tradicional é guiada por interesses e influências do mercado e política.
Os noticiários e materiais jornalísticos tradicionais muitas vezes possuem um formato caricato e repleto de sangue. Esses episódios fazem com que as periferias, outrora isoladas, tenham que produzir sua própria e difundir outra experiência de comunicação na tentativa de atender as demandas da população local, distanciando da construção linear presente nas notícias veiculadas pela grande mídia.
Há exemplo deste fato, podemos citar às quatro experiências identificadas na pesquisa partindo das reflexões levantadas por Nonato (2018, p.4), quando ele fala sobre as respostas criativas desenvolvidas pelos jovens da periferia a partir das potencialidades das mídias digitais que contrapõem o retrato produzido pelas mídias tradicionais, sobre as periferias do país.
A Ulepicc-Brasil (capítulo Brasil da União Latina de Economia Política da Informação, da Comunicação e da Cultura) realiza seu oitavo encontro excepcionalmente na modalidade virtual de 12 a 23 de outubro. O evento prioriza as atividades dos Grupos Temáticos, cada qual com uma mesa e cujas atividades ocorrem em horários diferentes. Os debates são sobre as transformações no sistema capitalista e seus impactos nos campos da informação, da comunicação e das mídias, da cultura e da produção cultural.
O 8º Encontro da Ulepicc-Brasil tem o apoio da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) e os anais do evento aqui representados trazem os resumos expandidos aprovados para 8 Grupos Temáticos e para a Jornada de Graduandas/os. Os Anais do 8º Encontro da Ulepicc-Brasil têm o ISBN 978-65-88480-02-1.
Comissão Organizadora
Anderson Santos, Manoel Dourado Bastos, Fernando de Oliveira e Julliana Barra
Comissão Científica
Murilo César Ramos (UnB)
Rozinaldo Miani (UEL)
Jonas Valente (LaPCom/UnB)
Verlane Aragão Santos (PPGCOM-UFS)
Juliana Teixeira (UFPI)
César Ricardo Siqueira Bolaño (UFS)
Marco Schneider (PPGCI-IBICT/UFRJ e PPGMC-UFF)
Ivonete da Silva Lopes (UFV)