As mudanças climáticas, estão cada vez mais evidentes, destacam a urgência de alterar os padrões de produção e emissão da sociedade moderna. O aumento global da temperatura em 1,5 ºC já é uma realidade, acarretando consequências catastróficas como o derretimento de geleiras, inundações em áreas habitadas, deslocamento de fauna e extinção de espécies. No Brasil, o setor de transporte é responsável por mais de 40% das emissões de dióxido de carbono do setor energético, com veículos de passeio emitindo 161,9 milhões de toneladas de CO2 anualmente. Embora a eletrificação da frota seja uma alternativa para neutralidade de carbono, sua implementação é lenta em países. Desta forma, este estudo explora a eficácia de uma abordagem inovadora neste setor, a aplicação de filme fotovoltaico CIGS (Seleneto de Cobre Índio Gálio) em veículos utilitários com motor a combustão. Utilizando o protocolo GHG (Protocolo de Gases do Efeito Estufa) para cálculo de inventário de carbono, o estudo quantifica os benefícios deste filme na redução de emissões e no aumento da eficiência energética. A metodologia abrange desde a definição de objetivos, dos princípios, definição de escopo, coleta de dados no estado do Paraná, e avaliação de incertezas. Uma análise comparativa entre veículos com e sem o filme demonstrou uma diminuição notável de 2% nas emissões e um aumento de 224% na eficiência energética. Isso se traduz em prevenir cerca de 4965 quilogramas de emissões de carbono ao longo do ciclo de vida do produto, significando o potencial do filme fotovoltaico CIGS como uma ferramenta eficaz para cortar as emissões de carbono no transporte. A média global de consumo também reflete a tendência observada em cada um dos ciclos, o veículo com a aplicação registra consumo médio de 16,45378139 km/l, superando os 16,09379596 km/l do veículo sem a aplicação, apresentando uma eficiência energética 2,23% melhor. Os resultados indicam melhorias na eficiência do veículo, com ganhos percentuais variando de 0.96% a 3.39%, dependendo do ciclo de condução considerado. Essas melhorias sugerem uma gestão mais eficaz do combustível e uma redução proporcional nas emissões de gases de efeito estufa, contribuindo para uma operação mais sustentável e economicamente eficiente do veículo. O estudo sublinha a adoção mais ampla dessas tecnologias, advogando por inovação contínua e pesquisa para enfrentar as mudanças climáticas. Essas tecnologias não apenas promovem a sustentabilidade ambiental, mas também pavimentam o caminho para uma transição para fontes de energia renováveis e mais limpas dentro do setor de transporte. A pesquisa contextualiza a crise das mudanças climáticas, além de destacar o aumento da temperatura global da superfície, intensificado pelas emissões de CO2 induzidas pelo homem. Em conclusão, a aplicação de película fotovoltaica em veículos a combustão surge então como uma solução imediata e inovadora frente aos desafios impostos pelas mudanças climáticas. Portanto, a pesquisa defende transformações rápidas e abrangentes em todos os setores responsáveis pelas emissões de gases de efeito estufa, alinhando-se com os objetivos do Acordo de Paris para limitar o aquecimento global.