Dentro do cenário de evolução dos projetos de CCUS, os projetos de redes, que compreendem projetos de infraestrutura de transporte e/ou armazenamento que serão compartilhados com plantas de captura de CO2, estão em ascensão. Contudo, apesar das vantagens oferecidas por um modelo de rede, como o modelo de negócio de transporte de CO2, o preço do petróleo ainda tem grande influência na viabilidade econômica desse modelo, porquanto a maioria dos projetos de CCUS em operação depende de receitas de EOR. Assim, este estudo busca avaliar modelos de negócio de transporte de CO2. Para tanto, realizou-se um levantamento dos projetos em andamento no mundo e das leis, regulações e políticas existentes nas regiões e nos países mais representativos na adoção desse tipo de projeto. Utilizaram-se as bases de dados da IEA, que apresenta o andamento dos projetos de CCUS em todo o mundo; CO2RE, do Instituto Global de CCS, que apresenta indicadores do nível de avanço dos países em relação às políticas, leis e regulações; e do Banco Mundial, que apresenta um painel com iniciativas de precificação de carbono no mundo, além de pesquisas sobre a legislação de CCUS nos países. Concluiu-se que o modelo de negócio de transporte de CO2 é possível de ser implementado e vem progredindo com maior intensidade nos países onde a legislação está mais avançada, como Estados Unidos, Canadá e Noruega. Porém, para ser viável economicamente e se desenvolver em grande escala, esse modelo de negócio precisa de uma base de políticas, leis e regulações que incentivem a adoção de projetos de CCUS, sem depender necessariamente das receitas de EOR. Neste sentido, a maioria dos projetos em operação no mundo ainda se baseia em modelos de negócio verticalizados com forte presença de operadores de petróleo.