Este artigo analisa os discursos pu?blicos no debate sobre a explorac?a?o petroli?fera na Margem Equatorial e os compromissos da transic?a?o energe?tica global, com foco na perspectiva geopoli?tica e no peri?odo que se estende do ini?cio do terceiro mandato do Presidente Lula em 2023 ate? o momento presente. Investigamos as narrativas adotadas pelos diferentes atores de interesse no Brasil sobre os planos para explorac?a?o de petro?leo e ga?s natural com as obrigac?o?es decorrentes do Acordo de Paris e outras questo?es ambientais. A discussa?o sobre a explorac?a?o de petro?leo na Margem Equatorial do Brasil em 2023 se revelou um campo de batalha poli?tico, refletindo o complexo equili?brio entre ambic?o?es econo?micas, compromissos ambientais, soberania nacional e a dina?mica das relac?o?es internacionais. A divisa?o interna no governo Lula de reforc?ar o interesse os leilo?es de blocos explorato?rios na regia?o principalmente na Foz do Amazonas, com o objetivo de ampliar a produc?a?o nacional de petro?leo e ga?s, foi interpretada como uma estrate?gia para reforc?ar a posic?a?o do Brasil no cena?rio geopoli?tico global como um dos grandes produtores de hidrocarbonetos. Este movimento, contudo, encontrou forte oposic?a?o de ambientalistas e setores da sociedade civil, que argumentavam que tal expansa?o contradizia os compromissos clima?ticos do pai?s, defendendo, em vez disso, um foco maior no desenvolvimento de energias renova?veis tambe?m representa uma vantagem competitiva geopolitica para o pai?s. O objetivo deste artigo e? escrutinar os discursos pu?blicos e as dina?micas geopoli?ticas envolvendo a explorac?a?o petroli?fera na Margem Equatorial brasileira, no contexto dos compromissos da transic?a?o energe?tica global. Ele pretende responder a? pergunta de como as narrativas dos diferentes atores de interesse no Brasil—que incluem a Petrobras, Ibama, Governo Federal, Congresso Nacional, ambientalistas e setores da sociedade civil—se posicionam em relac?a?o aos planos de explorac?a?o de petro?leo e ga?s natural, considerando as obrigac?o?es do Acordo de Paris e outras questo?es ambientais. Este artigo oferece uma contribuic?a?o significativa a? academia ao elucidar as complexidades das interac?o?es geopoli?ticas e ambientais na explorac?a?o petroli?fera na Margem Equatorial brasileira, enriquecendo o dia?logo sobre sustentabilidade, poli?tica energe?tica e relac?o?es internacionais.