O atual contexto global evidencia a crescente necessidade de integrar demandas sociais, econômicas e ecológicas, impulsionando o desenvolvimento de ferramentas que promovam uma ação conjunta entre sociedade e ambiente. Relatórios recentes, como o do IPCC de 2023, apontam para um aumento preocupante nas emissões de gases de efeito estufa, sugerindo a possibilidade de um aumento significativo na temperatura global. Por outro lado, avanços na área de energias renováveis oferecem um vislumbre de esperança, indicando uma potencial redução de custos e maior viabilidade econômica.Nesse cenário, políticas macroeconômicas desempenham um papel fundamental para enfrentar a degradação ambiental e incentivar a transição energética, requerendo mudanças estruturais nos mercados. A incorporação de riscos ambientais em modelos de supervisão financeira e o planejamento a longo prazo tornam-se essenciais para uma economia sustentável. Instituições financeiras, incluindo bancos, têm reconhecido os riscos climáticos, evidenciando a importância da estabilidade financeira e da gestão de riscos para uma transição eficaz.A pesquisa enfatiza a relação entre a transição energética e a macroeconomia, explorando o impacto das políticas públicas e o papel do Estado e dos bancos na mitigação de riscos e incentivo ao desenvolvimento sustentável. Países do G7, por exemplo, adotaram estratégias para reduzir dependências energéticas insustentáveis e impulsionar investimentos em energias limpas. Essas medidas refletem um movimento global em direção a um modelo energético mais sustentável, evidenciado pela crescente competitividade de tecnologias verdes frente aos sistemas energéticos tradicionais.Particularmente, países em desenvolvimento, como a Argentina, enfrentam desafios adicionais devido a problemas estruturais e dependências tecnológicas e financeiras. A necessidade de apoio internacional, estabilidade política e regulamentações eficientes é crucial para essas nações. O Brasil se destaca por sua matriz energética renovável, exemplificando o potencial de transição para fontes de energia sustentáveis.Este estudo também destaca a importância de uma abordagem macroprudencial que integre considerações econômicas, ambientais e sociais, promovendo políticas públicas que transcendam ciclos governamentais e incentivem a inovação produtiva. A convergência entre políticas estatais, desenvolvimento financeiro e responsabilidade corporativa é vital para enfrentar as mudanças climáticas.Em conclusão, a resposta à crise climática requer uma abordagem multifacetada que envolva a cooperação entre setores governamentais, financeiros e sociais. É essencial adotar um pensamento ecológico e políticas públicas bem-estruturadas que considerem o impacto ambiental a longo prazo, garantindo um desenvolvimento sustentável e equitativo para as gerações atuais e futuras. A transição para uma sociedade mais sustentável e a adoção de tecnologias verdes dependem da sinergia entre o Estado, o setor financeiro e a sociedade como um todo.