MÚLTIPLOS-BENEFÍCIOS DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NO SETOR DE TRANSPORTES NO BRASIL

  • Author
  • André Ramalho
  • Co-authors
  • Rodrigo Calili
  • Abstract
  • Atualmente, segundo dados da EPE (2023) o setor de transporte no Brasil, é maior consumidor de insumos energéticos, correspondente a 33% da energia consumida ou 89,53 Mtep. Este consumo apresenta característica de ser extremamente ineficiente, pois são oriundos em sua maior parte de fontes de energia não renovável, o que contribui para o aumento da produção de gases poluentes lançados na atmosfera. Incentivar a eficiência energética neste setor pode propiciar não somente a redução do consumo de energia no setor, mas também pode trazer múltiplos benefícios ambientais, sociais e econômicos. Segundo Reuter et al. (2020), os múltiplos benefícios mensuram o quanto pode ser relevante a eficiência energética para todos os segmentos de um país através indicadores de desempenho, que qualificam os benefícios para a sociedade, entre ambientais, sociais e econômicos. No trabalho deste autor são propostos 20 indicadores para mensurar os múltiplos-benefícios da eficiência energética. O objetivo deste artigo é mensurar os múltiplos benefícios da eficiência energética no setor de transporte brasileiro para um período de 2024 até 2032. Neste trabalho serão utilizados cinco dos indicadores propostos por Reuter et al. (2020) e será proposto mais um, totalizando seis indicadores.

    A metodologia proposta usa basicamente dados, dados advindos de modelos do tipo “top-down” e do tipo “bottom-up”. Para esta metodologia são definidos vinte indicadores de desempenho que expressam benefícios nas áreas de econômica, ambiental e social. Os indicadores escolhidos expressam: (i) a economia anual de energia, que representa o quanto de energia foi conservada ao ano no segmento do transporte, sendo um indicador básico para se mensurar todos os outros indicadores; (ii) a redução de poluição de ar local, que expressa o quanto se reduziu de gases poluentes como SOx, CO, NOx e materiais particulados oriundos principalmente da redução de consumo dos combustíveis fósseis; (iii) a redução de emissões de gases de efeito estufa, expressa em CO2eq; e (iv) a melhoria da qualidade de vida preservada com a redução dos poluentes, o indicador DALY[1]. Os indicadores (ii) e (iii) avaliam os múltiplos benefícios ambientais das medidas de eficiência energética. Já o indicador (iv) avalia o impacto social. Além disso, é proposto um indicador que mede o impacto trata do aspecto econômico, a economia financeira, que expressa o quanto pode se econômica obter financeiramente com a redução principalmente dos combustíveis do consumo de energia. 

     

    A abordagem metodológica empregada mostrou-se robusta e coerente com dados disponibilizados, permitindo fazer estimativas de conservação de energia e de múltiplos benefícios até o horizonte de 2032 de forma robusta e embasadas pelas referências internacionais adotadas. A abordagem permitiu estimar uma conservação de energia de 154,7 Mtep e deste total 84,42% são de combustíveis fósseis. Com isso, obtém-se reduções de gases de efeito estufa 390,7 MTCO2eq e entre outros gases poluentes. Também, são gerados benefícios relacionados ao aumento da expectativa e melhor qualidade de vida, sendo estimados no total de 0,98 anos de qualidade vidas preservadas. A economia financeira com esta energia conservada seria de 1,19 trilhões de reais, no horizonte de análise. 

     

     

  • Keywords
  • múltiplos-benefícios, eficiência energética, conservação de energia, transporte
  • Modality
  • Comunicação oral
  • Subject Area
  • Energy Efficiency
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