PROJETO DE UM NOVO COTIDIANO: COMUNICAÇÃO POPULAR E COMUNITÁRIA UM PÔR ANTI-HEGEMÔNICA

  • Autor
  • Damon Francisco dos Santos Junior
  • Resumo
  •  

    A pesquisa que ora se apresenta terá como objeto; Comunicação Popular e Comunitária um pôr anti-hegemônica. Refere-se a uma pesquisa qualitativa, exploratória e que será construída de análise documental, revisão bibliográfica e pesquisa empírica com sujeitos informantes especialistas em Comunicação Popular e Comunitária. Teremos como premissa que o ser humano é o único animal racional capaz de projetar as suas ideias no mundo real concreto, através de um pôr teleológico que se concretiza sob uma teia material, concreta, que Lukács (2013) chama de causalidade. Ou seja, a projeção teleológica dos seres humanos se dá, objetivamente, para satisfazer as suas necessidades orgânicas de reprodução ou para transformar a natureza ou para produzir os meios de produção, em outras palavras, é orientada por valor de uso que “é uma forma objetiva de objetividade social” (LUKÁCS, 2013 p. 107). 

    O capitalismo sendo o modo de produção operante desta sociabilidade, toma a atividade vital humana “o trabalho” e aliena, pois o capitalismo começa a produzir mercadorias não mais para suprir as necessidades humanas, mas começa a ordenar a produção em larga escala de bens/coisas necessários transformando em mercadorias para o enriquecimento dos “capitalistas” os quais tem como objetivo a extração do que Marx chama de “mais – valor” consequentemente gerando lucro. 

    O “fetichismo das mercadorias” o mundo produtivo que desefetiva o trabalho decorre do fetiche das mercadorias, é algo que os homens e mulheres não se apropriam e passam a comandar o mundo das coisas. Percebemos que o “fetichismo das mercadorias” é um mundo estranhado, por isso no capitalismo a alienação sempre assume a forma de estranhamento, pois é uma sociedade estranha ao ser que produz porque parece que as mercadorias tem vida própria no cotidiano.  

    Agnes Heller (2000), a estrutura do cotidiano é o palco onde homens e mulheres, estão inseridos, existe uma estrutura na qual o ser humano está inserido, ou seja, o cotidiano é o espaço e tempo onde o ser humano se situa. Heller nos revela que o cotidiano é complexo, e que mobilizamos dimensões humanos genéricas sem percebermos que estamos mobilizando dimensões humanos genéricas, e que todo ser esta sempre na possibilidade e elevar-se o máximo possível no plano da humanidade genérica, muito embora essas situações de elevação no plano da humanidade genérica se tornam cada vez mais complexas dentro de uma sociedade capitalista. 

    Esta pesquisa assume o pressuposto de que a Comunicação Popular e Comunitária é uma comunicação contra-hegemônica nos moldes do capitalismo, e a partir dos seus pressupostos teóricos se torna uma alternativa política ao monopólio midiático.

    Dito isso, MIANI afirma que a própria comunicação é resultado estratégico de um grupo de pessoas que se constituem enquanto comunidade, com o propósito de romper as lógicas do capitalismo. 

    É importante ressaltarmos que está comunidade já possui uma consciência de disputa de poder, entre a classe dominante e a classe dominada, tendo a concepção da realidade concreta por meio da participação política, sendo algo fundamental para a materialização da comunicação popular e comunitária.

      

     

  • Palavras-chave
  • Cotidiano, Comunicação, Popular, Comunitária, Pôr teleológico,
  • Área Temática
  • GT2 – Comunicação popular, alternativa e comunitária
Voltar Download
  • GT1 – Políticas de comunicação
  • GT2 – Comunicação popular, alternativa e comunitária
  • GT3 – Indústrias midiáticas
  • GT4 – Políticas culturais e economia política da cultura
  • GT5 – Economia Política do Jornalismo
  • GT 6 – Teoria e Epistemologia da Economia Política da Comunicação
  • GT7- Estudos Críticos em Ciência da Informação
  • GT 8 – Estudos Críticos sobre identidade, gênero e raça
  • GT Especial - Homenagem a Valério Brittos
  • Jornada de Graduandas e Graduandos

Comissão Organizadora

Ulepicc-Brasil

Comissão Científica