O documento “Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, das Nações Unidas, reúne 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) para se alcançar o desenvolvimento sustentável e 169 metas que demonstram a escala e a ambição de uma agenda universal. Os objetivos e metas são integrados, indivisíveis e equilibram as três dimensões do desenvolvimento sustentável: a econômica, a social e a ambiental (UNITED NATIONS, 2015).
Nesse enquadramento, o Regime de Informação Internacional, que intenta o desenvolvimento sustentável, apresenta-se como um modo de produção informacional dominante (GONZÁLEZ DE GÓMEZ, 2002, 2003) e, também, perfaz-se na reunião de dados para atender os indicadores das metas dos ODS da Agenda 2030, a partir de uma formação social e política (GONZÁLEZ DE GÓMEZ, 2012) representada pelos Estados-nação.
Se os indicadores devem ser ancorados e compostos por dados desagregados de qualidade, acessíveis, atualizados e confiáveis para medir o progresso e garantir que ninguém seja deixado para trás (UNITED NATIONS, 2015), indaga-se: qual o fluxo informacional adotado para prover mecanismos de comunicação entre Estados-nação e Nações Unidas?
A pesquisa se justifica pela necessidade que os Estados-nação, que ratificaram a Agenda 2030, têm em comunicar as métricas de seus indicadores para as Nações Unidas, com a intenção de demonstrar o desenvolvimento rumo à Agenda 2030.
Por esta razão, o objetivo geral deste estudo é propor um modelo proprietário teórico-metodológico para compor os fluxos informacionais de dados entre Estados-nação e Nações Unidas, com vista a atender os indicadores das metas dos ODS da Agenda 2030.
A metodologia é exploratória e qualitativa fundada na busca teórico-metodológica dos fluxos informacionais, que possam assentir o desenvolvimento sustentável requeridos pelos indicadores da Agenda 2030. Método bibliográfico, a partir do levantamento, posterior análise da literatura alicerce da Ciência da Informação no tocante ao Regime de Informação e Fluxos Informacionais (VALENTIM, 2013; BARRETO, 2002), e documental, com base na Agenda 2030 das Nações Unidas.
Como resultado da pesquisa, em atendimento ao seu objetivo geral, são propostos fluxos informacionais com fluxos extremos e internos (BARRETO, 2002) para que os Estados-nação, fonte de informação, comuniquem essas informações para as Nações Unidas, a partir da seleção-entrada, classificação-armazenamento e recuperação-uso (Figura 1).
Conclui que a Agenda 2030 não é arbitrária nos indicadores resultantes de suas metas, e reconhece que os países enfrentam diferentes desafios e têm capacidades e níveis de desenvolvimento variados. No entanto, os fluxos informacionais propostos são reflexos naturais do Regime de Informação Internacional do Desenvolvimento Sustentável a que pertencem, tanto em relação ao conteúdo, quanto em relação à forma que ocorrem (VALENTIM, 2013), e estes fluxos devem ser adotados para a aferição do progresso métrico requerido pelos indicadores das metas dos ODS da Agenda 2030. Além de que os ODS representam uma força moral, que podem ser informados por fluxos, a partir de seus indicadores e comunicados as Nações Unidas para a composição do Regime de Informação Internacional do Desenvolvimento Sustentável a que pertencem.
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