INTRODUÇÃO: O Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) é caracterizado pela presença de hiperglicemia tendo sua detecção realizada pela primeira vez durante a gestação, porém com níveis glicêmicos que não alcançam os critérios para o diagnóstico de Diabetes Mellitus (glicemia em jejum > 92 mg/dL ou TOTG após 1h >180 mg/dL ou 2h >153 mg/dL). Portanto, nessa definição, não engloba os casos de DM presentes previamente à gestação. Essa síndrome metabólica pode ou não persistir após o parto e é ocasionada pela deficiência ou resistência à insulina e a sua fisiopatologia está relacionada ao aumento de hormônios contrarreguladores da insulina como o lactogênio placentário e enzimas (insulinases que quebram as cadeias de insulina) que são produzidos durante a gestação, e outros hormônios hiperglicemiantes como cortisol, estrógeno, progesterona e prolactina também estão envolvidos, bem como pode relacionar-se a fatores predeterminantes genéticos e ambientais. Nesse contexto, a DMG configura como um grave problema de saúde pública responsável pelo aumento dos índices de mortalidade materna e neonatal em decorrência das complicações que ela ocasiona. Por isso é imprescindível que sejam realizados exames para o diagnóstico precoce ainda no primeiro trimestre, quando se inicia o Pré-Natal. Pois através da identificação de alterações na glicemia, é possível orientar a gestante acerca dos cuidados que devem ser adotados e implementar medidas de prevenção de complicações que essa condição clínica possa causar na saúde do binômio mãe-filho.OBJETIVO: Descrever, mediante análise da literatura, quais os impactos que o Diabetes Mellitus Gestacional acarreta a saúde materna e neonatal. METODOLOGIA: Compreende uma revisão integrativa da literatura, com a seleção de estudos realizada em maio de 2023, nas seguintes bases de dados: MEDLINE, SCIELO e LILACS, bem como foram utilizados os mecanismos de buscas do Google acadêmico. Os descritores utilizados foram: Diabetes Gestacional, Saúde Materno-Infantil e Complicações na Gravidez. Os critérios de inclusão foram: artigos de acesso gratuito, em português, publicados dentro do período de 2019 a 2023, já os de exclusão foram apenas estudos repetidos e fora do escopo. Ao final, foram utilizados 10 estudos para compor o quadro de seleção amostral. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Uma gestação com presença de DMG é considerada de alto risco na qual seus impactos comprometem de forma substancial a qualidade de vida da gestante e do recém nascido, estando associada a grandes taxa de morbimortalidade materna e neonatal, uma vez que aumenta do risco de aborto espontaneo e parto prematuro; o desenvolvimento de Síndromes Hipertensivas na Gestação (SHG) (hipertensão, pré-eclâmpsia e eclampsia); comprometimento renal, como a nefropatia diabética; lesões na retina (retinopatia diabética); neuropatia, afetando nervos das mãos e pés; macrossomia fetal que ocasiona muitas vezes em distorcia durante o parto elevando o risco de traumas tanto para a mulher como para o recém-nascido, aumentando também as taxas de cesarianas. Além disso, gestantes com DMG apresentam elevado risco para desenvolver Diabetes em gestações futuras, com cifras equivalentes a 48% e DM tipo 2 e doenças cardiovasculares no futuro. Enquanto para o recém nascido pode ocasionar anormalidades neurológicas; nascimento prematuro com maior risco de internação em Unidade de Terapia Intensiva; macrossomia; hipoglicemia, uma vez que o feto está habituado a receber muita glicose via placentária e com o nascimento cessa esse suprimento de forma abrupta; alterações da função respiratória; deficiência de ferro; hipocalcemia e Icterícia neonatal, além de maior risco de desenvolver obesidade e diabetes quando for adulto.CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante do supracitado, é indubitável que o Diabetes Mellitus Gestacional é uma patologia que traz grandes complicações para a saúde materna-infantil, a partir do surgimento das manifestações clínicas até o momento do parto e pós parto. Portanto, salienta-se a importância do acompanhamento rigoroso da gestante durante o pré-natal e até mesmo após o puerpério, uma vez que suas alterações repercute diretamente no aumento do desenvolvimento de doença cardiovascular, como a hipertensão arterial, problemas visuais, morte do bebê, macrossomia, hipoglicemia neonatal, entre tantas complicações à saúde do binômio mãe-filho. Ademais, a abordagem multidisciplinar durante as consultas de pré-natal é mandatória., devendo a equipe ser constituída por obstetras, endocrinologistas, nutricionistas, enfermeiros e psicólogos, instruindo uma dieta adequada e estimulando a adoção de um estilo de vida saudável e início do tratamento medicamentoso conforme indicado.
ISBN registrado: 978-65-981095-3-0
DOI GERAL DO EVENTO: https://doi.org/10.55664/2comciencias2023
Título: SEGUNDO CONGRESSO INTERNACIONAL MULTIDISCIPLINAR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE, BIOLÓGICAS, SOCIAIS E HUMANAS APLICADAS
Subtítulo: II COMCIÊNCIAS
Formato: Livro Digital
Veiculação: Digital
Instituição organizadora
Editora Lion Publication e Consultorias
Comissão Científica
Cistiano Pereira Sena
Eduarda Albuquerque vilar
Patrick Gouvêa Gomes
Ana Cláudia Rodrigues Silva
Ana Caroline Belfort Dominice Braga
Ana Karoline Alves da Silva
Cleiciane Remigio Nunes
Cristiane Santos Santana
Joelma Maria dos Santos da Silva Apolinário
Lucas Silva Peixoto
Luys Antônio Vasconcelos Caetano
Priscila Ramos Figueiredo Cunha
Rayssa da Silva Sousa
Roberto Pereira Santos
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